“Se vacinar, tem 50% de chance de pegar o vírus. Se não, tem 100%”, explica secretário

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ALMT

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, recomendou que falácias sobre a imunização sejam deixadas de lado e que todos apoiem o plano nacional de vacinação contra a Covid-19.

Durante o evento de vacinação, feito no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na noite de segunda-feira (18), Figueiredo foi curto na resposta quando questionado sobre os negacionistas que insistem em tirar o mérito da eficácia da imunização.

“As pessoas que questionam a qualidade da vacina precisam entender o seguinte: se vacinar, tem 50% de chance de pegar o vírus. Se não vacinar, tem 100%. Ai o arbítrio de cada um decide se toma ou não”, comentou o secretário.

Gilberto ainda comentou que Mato Grosso, ou outros estados, não ficaram insatisfeitos ou constrangidos porque São Paulo foi o primeiro estado do país a iniciar o plano de vacinação. Segundo o secretário, ao vacinar um dia antes que os outros lugares demonstra o mérito que o governador João Dória ao buscar a liberação da vacina para todo o país.

Sem polemizar, Gilberto disse que se causou constrangimento a alguém, esse alguém é o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

“Não causou constrangimento. Pode ter causado constrangimento ao Ministério da Saúde. Temos que convir, o estado que fez todo esforço que fez, conseguiu liberar a unica vacina desenvolvida e aprovada no país. Merecia fazer a vacinação. É mérito de São Paulo, fizeram por merecer, fizeram um ótimo trabalho”, concluiu o secretário.

Entenda a eficácia

100%

No total, 13.060 voluntários participaram dos testes da CoronaVac, sendo que metade recebeu apenas placebo. Desde julho, 252 participantes do Ensaio Clínico contraíram a Covid-19, dos quais 167 havia recebido placebo e 85 fazia parte do grupo dos vacinados de fato.

No grupo experimental, que foi vacinado, não houve registro de pacientes com caso moderado a grave, que tenha necessitado de internação. Já no grupo controle, que recebeu placebo, foram registrado sete casos moderados a grave.

Logo, se não houve nenhum caso moderado a grave no grupo experimental, significa uma eficácia de 100% para evitar formas mais severas da Covid-19, internações e mortes pela doença.

78%

No caso das infecções leves, nas quais a pessoa apresentou poucos sintomas da Covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, foram feitos 38 registros, sendo sete no grupo experimental e 31 no grupo controle. Significa dizer que para a prevenção de casos leves da Covid-19, quando a pessoa tem sintomas, mas sem necessidade de internação, a eficácia é de 78%.

50,38% 

Esse é o cálculo que envolve as 252 pessoas que contraíram a Covid-19 juntando os dois grupos (experimental e controle), independente da gravidade da doença. A proteção foi, então, calculada em 50,38%. A conclusão é que, quem toma a CoronaVac, tem 50,38% menos risco de adoecer pela Covid-19. E, aí, mesmo que apresente sintomas, a eficácia para evitar gravidade é de 100%.

Fonte: Olhar Direto – Max Aguiar

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