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Seis pessoas, sendo duas da mesma família, são presas por homicídio e sequestro de duas vítimas

PJC

 

Cinco mandados de prisão preventiva e um mandado de internação provisória foram cumpridos pela Polícia Civil do município de Aripuanã (1.002 km a noroeste de Cuiabá), na manhã desta quarta-feira (27.01). Uma mulher com mandado de prisão está foragida.

As ordens judiciais foram decretadas pela Justiça da Comarca local, após investigação da Delegacia de Polícia de Aripuanã para esclarecer um crime de sequestro, cárcere privado e homicídio.

Três dos envolvidos investigados são da mesma família, sendo dois deles a esposa e a cunhada da vítima. Dos outros quatro suspeitos, um deles é o menor de idade, que foi contratado para agir na ação criminosa.

Todos respondem o inquérito policial instaurado pelos crimes e ato infracional, respectivamente, por homicídio doloso, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, associação criminosa, corrupção de menores, sequestro, cárcere privado e furto.

Sequestro e morte

O crime ocorreu na madrugada do dia 13 de janeiro deste ano, em uma propriedade rural do município de Aripuanã, quando as vítimas, Marcio José Silva de 46 anos e o seu filho de 23 anos, foram rendidas pelos criminosos.

A Polícia Militar realizava rondas, quando a vítima de 23 anos procurou a guarnição e informou que dois homens armados em um carro Fiat Uno, o renderam, amarraram o obrigando a levar os suspeitos até seu pai.

Conforme o jovem, assim que os criminosos encontraram o seu pai, ele também teve as mãos e pés amarrados e ambos foram levados para uma estrada, a cerca de sete quilômetros da cidade.

Segundo relato do filho, o suspeito o deixou dentro do carro e levou o seu pai até as margens de um rio, quando então escutou barulho de disparos de arma de fogo. Logo após os suspeitos retornaram ao veículo onde o rapaz estava amarrado, retornaram para a cidade e em seguida liberaram o rapaz, quando ele então procurou a Polícia Militar.

Imediatamente, os militares foram até o local indicado pela vítima e encontraram Marcio José Silva caído com perfurações na região da cabeça e costas. A vítima foi socorrida ainda com vida e encaminhada ao Hospital Municipal de Aripuanã, onde permaneceu internada sob cuidados médicos. No entanto, Márcio não resistiu e foi a óbito nesta segunda-feira (25.01).

Na ocasião dos acontecimentos, os militares conseguiram abordar o veículo utilizado no crime nas proximidades de um bar, porém os suspeitos, ao perceberem a viatura, fugiram do local, mas um deles acabou sendo preso em seguida.

Questionado sobre o crime, o homem apontou seu comparsa (um adolescente) e também indicou a residência onde estava a arma de fogo, a bateria e os pneus que haviam sido furtados por eles em outra situação criminosa.

No endereço indicado, a equipe prendeu outro rapaz, que alegou não ter envolvimento na tentativa de homicídio até então, e revelou onde era a casa do adolescente que havia escapado da polícia, que acabou sendo apreendido em uma residência.

Trama 

Diante dos fatos, os três envolvidos foram conduzidos para a Delegacia de Aripuanã. Eles informaram que o crime havia sido planejado pela esposa de Márcio, pois, segundo a mulher, a vítima a agrediu, cometia adultério e também havia tentado abusar sexualmente de sua irmã quando a garota tinha 11 anos de idade.

Ao serem indagadas sobre as acusações, a esposa e a cunhada da vítima relataram que os três presos (dois adultos e um adolescente) haviam “tomado as dores” por conta própria e que ambas não mandaram os suspeitos tentaram contra a vida de Márcio José Silva.

Na Delegacia de Aripuanã foi feita a prisão em flagrante dos dois suspeitos, das duas mulheres (esposa e cunhada da vítima) e a apreensão do menor infrator.

Durante as diligências investigativas da trama criminosa, os policiais civis descobriram a participação de todos os familiares no homicídio de Márcio e no sequestro de seu filho, o que embasou a representação do pedido de prisão preventiva dos envolvidos – além da esposa e cunhada da vítima, outras duas mulheres integrantes da família.

De acordo com o delegado de Aripuanã, Philipe de Paula da Silva Pinho, diante do aprofundamento das investigações, especialmente pelo depoimento do adolescente envolvido no crime, foi possível representar pelas prisões. O adolescente detalhou toda a dinâmica dos acontecimentos, desde a saída de Alta Floresta, em companhia do seu comparsa, a bordo de um caminhão roubado até a chegada na cidade, o pouso na residência da sogra de Márcio, até a arquitetura, planejamento e execução dos delitos perpetrados contra Márcio José da Silva e seu filho,

“O menor afirmou de forma categórica, que na noite anterior do crime a esposa e sua irmã, tomaram ciência de que ele mataria o marido, pelas traições e tentativa de violação da dignidade sexual da praticada em desfavor da cunhada, bem como foram elas que abriram a porta da casa e lhe entregou o dinheiro pelo serviço. O infrator narrou ainda, que ao final da empreitada, ele e seu comparsa foram até a casa da mãe das duas irmãs e avisaram-na que o serviço estava feito”, explicou o delegado.

Fonte: Assessoria | Polícia Civil-MT

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