Após ser acusado de politizar a vacinação, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) negou que seja culpa do município a não vacinação dos agentes das Forças de Segurança, que deveriam ter recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta quinta-feira (08), no Senai, em Cuiabá. Ao lado de técnicas da prefeitura, o emedebista publicou vídeo em suas redes sociais e disse que o município não teve autorização para retirar os imunizantes e repassar para o estado, que se comprometeu pelas aplicações.
“Essa acusação é uma calúnia, injuria e mentira. Querem jogar a culpa em mim, para esconder a incompetência e insensibilidade do governo estadual para vacinar um contingente pequeno, que é o das forças de segurança”, declarou.
Ao lado do prefeito, a coordenadora da vacinação em Cuiabá, Valéria Oliveira, e a gerente da Vigilância Epidemiológica de Cuiabá, Flávia Guimarães, afirmaram que o município só poderia retirar as doses na central de distribuição da Secretaria Estadual de Saúde (SES), com documento assinado pela Comissão Intergestores Bipartite do Estado (CIB), entidade que acompanha a distribuição das vacinas aos municípios.
Como não havia tal assinatura, segundo as técnicas, Cuiabá não pode fazer tal retirada, impedindo, também, o repasse para a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), que montou a estrutura e se responsabilizou pela aplicação das doses.
“Não tem como o município entregar as doses que já estão destinadas para idosos e outros grupos e passar para a segurança pública, por mais que a prefeitura queira facilitar o processo. A vacina destinada a cada grupo é destinada pelo estado e após o recebimento que o município começa a vacinação. Hoje à tarde, após aprovação da Comissão Intergestores Bipartite do Estado (CIB) o município vai buscar e amanhã entregar pra eles”, explicou Flávia.
De acordo com a coordenadora da campanha, ontem à tarde foi informado que Cuiabá não conseguiria retirar as doses para começar a vacinação na manhã de hoje. “Conversamos com quem estava representando a Sesp, pedindo para que se adiasse a vacinação, deixando para sexta-feira (09), pois não teria as doses. Mas disseram que estava tudo acertado e que deixariam. Como não tinham assinado o ato referendo, nós não podíamos receber a vacina. E foi informado também que não tinham o total das doses, que iriam juntar uma reserva técnica para dar o quantitativo necessário”.
Fonte: Olhar Direto – Airton Marques