Há duas semanas, uma mulher publicou: “Alguém sabe onde essa picareta mora? Me deu volta num celular e quero meu dinheiro”. Na mesma foto, diversas pessoas relatam casos de dívidas que Ramira não teria pago e ainda questionam sobre seu paradeiro.
O caso
De acordo com a Polícia Civil, a descoberta do cadáver aconteceu por volta do meio-dia de segunda-feira (17), depois que uma equipe foi acionada por uma vizinha da residência onde Ramira morava. Na ocasião, ela contou que um cachorro pitbull tentou desenterrar o corpo da criança.
Conforme o delegado responsável pelo caso, José Getúlio Daniel, o cadáver foi enterrado atrás de um vaso e estava em avançado estado de decomposição. Na residência não havia ninguém no momento em que a Polícia Civil chegou.
A suspeita foi presa na manhã desta terça-feira (18), em uma embarcação na cidade de Porto Velho (RO). Ela planejada fugir para Manaus na quarta-feira (19).
Acusada nega
Em depoimento à Polícia Civil, ela nega o crime. “A versão dela é que foi dormir na noite anterior a morte de Brian e por volta das 2h teria alimentado ele, trocado de roupa, enfim. Disse que acordou por volta das 5h com ele no berço ao lado dela e teria se deparado com ele roxo, sem vida. Ela diz que nesse momento, levado pela emoção, não raciocinou direito e teria enterrado a criança no local, inclusive, que segundo ela, onde o cachorro se abrigava”, explicou o delegado responsável pela prisão em Porto Velho (RO), Yuri Medeiros, em entrevista ao site JK Notícias.
Questionada sobre os membros amputados, o delegado afirmou que Ramira não soube explicar. “Ela fala que enterrou o Brian inteiro, sem nenhum membro decepado. Ela não sabe explicar”, acrescenta.
O delegado, entretanto, conta que a versão de Ramira é pouco crível. “Em caso desses, de morte natural, o esperado, ainda mais considerado uma mãe, é procurar o hospital, chamar a polícia. Já nos deparamos com caso que a mãe chega com a criança morta no hospital na esperança ainda da criança voltar a vida. A história dela [Ramira] não convenceu”, ponderou.
Antes disso, Ramira teria apresentado outra versão. Em depoimento, contou que teria deixado o Brian com uma conhecida que teria o matado. “Em um primeiro momento, ela estava bem fria. Mas quando apresentamos fotografias, o que a investigação já tinha conseguido angariar, ela chorou. Não sei se chorou por ter lembrado da criança ou pelo fato de estar sendo presa”, disse o delegado.
A Perícia Técnica (Politec) e Instituto Médico Legal (IML) irão apontar as circunstâncias da morte.