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Primeira-dama de VG se reúne com redeiras de Limpo Grande para tratar da difusão do artesanato local

Fonte: Secom/VG

A primeira-dama Kika Dorilêo Baracat e o secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Silvio Fidelis, participaram nesta quarta-feira (23.06), na Emeb Professora Euraide de Paula, de uma roda de conversa com redeiras do Distrito de Limpo Grande.  O objetivo do encontro foi ouvir as redeiras para juntos elaborarem um projeto de valorização e divulgação da cultura local, principalmente das redes várzea-grandenses.

A primeira-dama ressaltou que quer se aproximar da comunidade do Limpo Grande, que é berço da cultura várzea-grandense, para conhecer de perto o trabalho e ouvir os anseios e sonhos de cada redeira. A intenção, segundo Kika Dorilêo, é dar um olhar diferenciado para as redes várzea-grandenses, fazendo com que sejam conhecidas não só no Estado de Mato Grosso, mas em todo o país e, quiçá, fora do Brasil.

“Quero me aproximar dessas senhoras, que há tantos anos fazem esse trabalho tão lindo. As redes tecidas por elas são artesanatos tão bonitos e tão importantes para a nossa cultura. Além de dar a beleza estética, nós percebemos o quanto de amor e de carinho é colocado por cada uma delas nas redes e é isso que eu quero que seja levado para fora de Várzea Grande, mostrar o quanto o artesanato e as redes produzidas aqui em Limpo Grande são especiais”, destacou.

O secretário Silvio Fidelis informou que a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel), por meio da Superintendência de Cultura, vem promovendo várias ações para fomentar o artesanato de Limpo Grande, entre elas está a Casa de Artes, que possui três pontos de vendas do artesanato: na Avenida Couto Magalhães, no Paço Municipal e no Várzea Grande Shopping. “Outra ação são as oficinas de artesanato do Projeto Escola em Tempo Ampliado (ETA), que ensinam nossos alunos a tecelagem várzea-grandense. Com isso, estamos valorizando e resgatando a nossa cultura”.

Ainda segundo o secretário, a Smecel está organizando a criação da associação das redeiras várzea-grandenses. “Estamos organizando a associação e dando apoio jurídico para que, através dessa ação coletiva das redeiras, possamos fazer a divulgação da comercialização da rede várzea-grandense para o mundo”.

Segundo a diretora da escola, Eva Izabel da Costa, as oficinas realizadas com os alunos do ETA é uma forma de manter viva a tradição da confecção das redes. “A Dona Maria José trabalha com as crianças ensinando a tecelagem, o que é muito bom para manter viva as raízes desse povo. A presença da primeira-dama aqui na comunidade de Limpo Grande veio reforçar ainda mais isso, pois trouxe perspectivas de novos projetos e de valorização da nossa cultura”, disse.

Dona Maria José da Costa, 72 anos, é a mais antiga redeira de Limpo Grande. Ela começou a confeccionar rede aos 14 anos de idade. Atualmente ela é monitora nas oficinas de artesanato do ETA. “Ensino a fazer caminho de mesa, xales, capa de almofada e outras peças. Estou sempre pronta para ensinar, basta alguém querer aprender”.

Dona Judith Pereira da Silva, 65 anos, começou a tecer rede aos 12 anos de idade. Ela conta que aprendeu com a mãe e as tias e fez questão de passar essa arte para as suas filhas também. “A rede é tudo para mim, faço isso desde criança e nunca trabalhei em outro serviço. Agradeço a Deus por ter essa profissão. Foi fazendo redes que consegui sustentar meus seis filhos, mas precisamos de apoio para divulgar mais o nosso trabalho”.

A filha de dona Judith, Jilaine Maria da Silva, que também é artesã, disse que está otimista com a visita da primeira-dama à sua comunidade, pois acredita que com o seu apoio a cultura de Limpo Grande será difundida. “Precisamos dessa parceria com a Prefeitura para que o nosso artesanato seja reconhecido no mundo inteiro. Para que ele seja valorizado e expandido para as futuras gerações, pois não queremos que essa cultura se acabe”.

O modo de fazer a rede é registrado como Patrimônio Cultural de Mato Grosso pela Lei 9.936/2013 e a profissão de Redeira é registrada como patrimônio cultural e imaterial de Várzea Grande pela Lei 4.391/2018. Também é reconhecida como artesanato de tradição cultural pelo Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A reunião contou também com a presença dos superintendes Joilson Marcos da Silva (da Cultura) e Luz Marina Coelho (do Pedagógico) e do presidente do Conselho de Cultura de Várzea Grande, Wanderson Magalhães.

 

Fonte: Secom/VG

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