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Merendeiros recebem formação sobre como manipular alimentos em tempos de pandemia

A Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel), por meio da Superintendência Operacional do Sistema Escolar, está promovendo formação para os técnicos de nutrição escolar das unidades de ensino da rede municipal. A formação, cujo tema é “Manual do Manipulador de Alimentos em Tempos de Pandemia da Covid-19”, visa orientar os técnicos sobre os procedimentos para o retorno das aulas presenciais, principalmente em relação aos procedimentos que devem ser adotados para garantir a qualidade higiênica-sanitária, seguindo os protocolos de biossegurança.

Segundo a superintendente Operacional do Sistema Escolar, Benedita Ponce, participam da formação 196 técnicos e, para garantir a segurança de todos, foi dividida em três dias, sempre às sextas-feiras, com turma no período da manhã e outra à tarde. “Estamos seguindo todos os protocolos de segurança, com o distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos com álcool em gel”, informou.

O curso “Manual do Manipulador de Alimentos em Tempos de Pandemia da Covid-19” terá carga horária de 10 horas, sendo 4 horas presenciais, com aulas teóricas, e 6 horas com relatórios, no qual os técnicos vão informar quais os cuidados e as medidas de biossegurança, relacionadas à alimentação escolar, que a escola planeja para o retorno das aulas.

Ainda segundo Benedita Ponce, esta formação é para os técnicos efetivos, porém, assim que as aulas presenciais retornarem será feita também para os técnicos contratados de alimentação escolar . “Estamos planejando ainda a formação para os técnicos em serviços gerais e para os vigias das unidades de ensino”, acrescentou.

O secretário Silvio Fidelis destacou que, mesmo com a pandemia, a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, continua com os trabalhos e já está planejando o retorno das aulas presenciais, que será de forma híbrida. “Estamos nos organizando e fazendo a nossa parte. Já concluímos a primeira fase da vacinação para todos os profissionais da educação e estamos preparando as escolas para o retorno das aulas, de forma a garantir um ambiente seguro a todos”.

Durante a formação, a coordenadora de Alimentação Escolar, Mônica Aparecida Gonçalves, explicou que, diante da situação da pandemia, é preciso adotar medidas de prevenção, controle e contenção de riscos no retorno dos estudantes às aulas presenciais, visando minimizar danos e agravos à saúde pública e, consequentemente, a redução da disseminação da Covid-19.

A coordenadora destacou quais os principais sintomas e as formas de transmissão do novo coronavírus, incluindo como ele pode ser transmitido na produção dos alimentos e o tempo de sobrevivência nas superfícies. Foi demonstrado também o passo a passo para a correta lavagem das mãos e higienização dos alimentos, ambientes e equipamentos, bem como os cuidados que devem ser tomados ao receber e armazenar os alimentos e ao servir as refeições.

“Uma higienização completa é composta de limpeza mais a desinfecção. Para a limpeza, deve-se utilizar água e detergente. Para a desinfecção, álcool 70%, produtos específicos ou solução clorada. É importante também ter um cuidado redobrado com o recebimento e com a higienização dos alimentos, que podem trazer com eles o vírus”, informou Mônica Gonçalves.

A técnica de alimentação escolar Maria Luiza Pedroso de Souza, que trabalha na Emeb Benedita Abraão Nassardem, diz que todas as formações que participa é um aprendizado novo e é sempre enriquecedor. “Mesmo antes da pandemia, sempre tive o cuidado com as roupas e sapatos que uso para trabalhar e procuro estar com os cabelos presos, usar touca e luvas e, agora, com a pandemia precisamos ter todos esses cuidados redobrados. Acredito que os mesmos cuidados que temos em casa devemos ter na escola, pois os alunos são como se fossem nossos filhos”, observou.

Keli Katiuscia Ramos Brito, da Emeb Honorato Pedroso de Barros, diz que sempre gostou de cozinhar, mas quando começou a trabalhar como merendeira percebeu que existe uma grande diferença entre cozinhar para uma ou duas crianças e cozinhar para um grupo bem maior, com mais de 100. “Eu tenho 10 anos como merendeira, mas a cada ano e em cada formação aprendo um pouco mais. Sempre tiro um pouquinho de aprendizado com as minhas colegas de trabalho e passo para elas também, ou seja, é uma troca de experiências”.

Adevanil Augusta da Silva, da Emeb Aristides Pompeu de Campos e há 9 anos na rede municipal como merendeira, diz que está ansiosa para a pandemia acabar e as aulas voltarem ao normal, pois sente muita falta de cozinhar para os alunos. “É muito triste chegar à escola e ver todo aquele vazio e não encontrar as crianças. Pra mim é gratificante cozinhar para eles, ver o rostinho de satisfação de cada um ao comer minha comida e ainda pedir para repetir”,

 

Secom VG

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