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Seu filho tem maturidade para ter uma tela na mão?

Reprodução

Saiba porque crianças menores de 10 anos não tem maturidade necessária para administrar o uso do aparelho de forma saudável.

Tem uma criança menor de 10 anos com um tablet ou smartphone na mão com tempo de tela que ela desejar perto de você? Atenção é bem provável que haja problemas.

A substituição de atividades físicas pelas virtuais esta fazendo com que cada vez mais famílias percam o dialogo, vivam o ócio ou criem experiências únicas vividas na vida real exclusivamente porque estão dando acesso aos dispositivos moveis aos filhos.

Um estudo realizado pela Kaspersky em 6 países da américa latina, incluindo o Brasil, analisou o uso do smartphone em crianças e adolescentes e descobriu que 73% delas ganham seu primeiro dispositivo antes dos 10 anos com acesso ilimitado.

Se pensar que a maturidade é o conjunto de habilidade necessárias para lidar com os desafios da vida, e que crianças e adolescentes não tem todas elas formadas ainda, o uso das telas é sim prejudicial a saúde.

Além das questões básicas como atrapalhar o sono, entreter em excesso e afetar a criatividade. Temos variantes mais profundas como o atraso da fala e fobia social.

Mas se a tecnologia é nossa aliada, porque se preocupar com a exposição das crianças as telas?

A OMS e a Academia de Pediatria Americana têm uma postura clara quanto ao uso dos dispositivos móveis para as crianças menores de 10 anos. Aconselham que bebês até os 2 anos de idade não devem ter nenhuma exposição às telas e crianças ate os 10 tenham seu tempo de tela limitado e monitorado pelos pais.

Smartphones, tablets, brinquedos com wifi, TVs e computadores, nenhum deles é permitido aos menores. Mas, porque?

Numerosos estudos têm mostrado que aprendemos melhor pelas experiências de vida real, e que as telas roubam a atenção, enfraquecem a memória, reduzem a capacidade de perceber perigo e corrigir erros.

Crianças e adolescentes estão abarrotando os consultórios médico simplesmente porque não conseguem andar de carro sem o uso do smartphone, ou mesmo perceber o sabor de um alimento se a tv não estiver ligada.

Por mais legal que seja ter uma criança que sabe passar o dedinho numa tela os pequenos estão mais expostos a pornografia, estimulo ao consumismo e ao vicio em games do que os adultos.
Sem falar nos problemas de motricidade onde crianças não conseguem  segurar mais um lápis, simplesmente porque em vez de exercitar as pinças nos dedos pegando coisas estão passando o dedinho numa tela. E acabam por não desenvolveram músculos nos dedos.

Somente as atividades em família, diálogos e experiências reais conseguem transformar crianças e jovens em adultos maduros e preparados para os desafios da vida.

Então, se todos esses estudos pudessem te dar um conselho sobre a criação dos seus filhos na atualidade, esse conselho seria: Menos Telas e mais vida real.

Por: Maria Augusta Ribeiro. É especialista em Netnografia e Comportamento de consumo digital no Belicosa.com.br

Fonte: Olhar Direto

 

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