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Prefeito mantém decisão de não vacinar adolescentes até autorização do Ministério da Saúde

Davi Valle

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou desconhecer a existência de divergências entre o Ministério da Saúde e a Anvisa, quanto a liberação ou não da vacinação de adolescentes. A aplicação da vacina contra a Covid-19 na faixa etária de 12 a 17 anos foi suspensa pelo governo federal mesmo após autorização e, de acordo com o emedebista, só deve ter início na Capital quando o município tiver orientação oficial para isso.

Em Mato Grosso, mais de 3 mil adolescentes, conforme o ministério, já haviam sido vacinados antes da data prevista, 16 de setembro. Cuiabá, no entanto, nem chegou a abrir cadastro para esse grupo, uma vez que aguardava o envio de doses da Pfizer.

Até então, minha orientação para a equipe da Saúde é seguir o Ministério, que sempre chancela as decisões da Anvisa

“Eu vou pelo Ministério da Saúde. Até então, minha orientação para a equipe da Saúde é seguir o Ministério, que sempre chancela as decisões da Anvisa. Vamos manter suspensa. Estou trabalhando para começar a 3ª doses dos idosos e acelerar a vacinação dos jovens de 18 a 24, que está num ritmo bom. Estou trabalhando para na semana que vem começar a dose de reforço dos idosos com mais de 85 anos”, afirmou, nesta terça-feira (21).

Emanuel afirmou não acreditar na teoria de que a suspensão da vacinação de adolescentes seja motivada pela escassez de vacinas. “Tem muitos desencontros em relação a vacinação. O que vejo é que de 20 de janeiro, quando começou a vacinação, houve evolução rápida em relação a quantidade de doses por semana. Hoje está num ritmo muito bom, mesmo que não ideal. Como gestor de Cuiabá, não vejo falta de vacina. Vejo uma estabilidade”.

A mudança de orientação na vacinação desse grupo ocorreu após questionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Uma nova avaliação quanto ao tema deve sair nesta semana.

Logo após o recuo do ministério, o governo de São Paulo concluiu que a morte de uma jovem, que havia tomado a primeira dose de Pfizer, não teve relação com o imunizante

Conforme a imprensa nacional, o a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) da pasta, que não foi consultada para a suspensão, discute o tema. O consenso entre o grupo é de que não há elementos para suspender a vacinação. Esse posicionamento também é apoiado pela Anvisa, Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

 

Fonte: Olhar Direto 

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