Mulheres trans são impedidas de usar banheiro feminino no bar Cerveja de Garrafa

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Reprodução
CAMARA VG

Duas mulheres trans foram vítimas de transfobia ao serem impedidas de usar o banheiro feminino do bar Cerveja de Garrafa da cidade de Sinop (480 quilômetros de Cuiabá), na noite de domingo (14). Manuelly Souza, 26 anos, e Fernanda Brattil, 29, usaram as redes sociais para compartilhar o episódio. Elas também registraram um boletim de ocorrência.

Conforme Manuelly, ambas tinham ido ao bar no sábado (13) e usaram o banheiro normalmente. Como tinham gostado do estabelecimento, resolveram voltar no dia seguinte.

“Frequentamos o banheiro normalmente e na segunda vez que minha amiga estava entrando eu fui atrás para fazer companhia para ela. O homem me pegou pelo braço e disse: “você tem que usar aquele banheiro ali”, se referindo ao masculino.

Manuelly se recusou a usar o banheiro masculino e usou o feminino com amiga. “Quando a gente saiu, tinha dois seguranças esperando a gente na porta”, disse.

Os seguranças teriam dito que elas deveriam usar o banheiro masculino ou de pessoa com deficiência. Algumas mulheres que frequentavam o local teriam demonstrado apoio a Manuelly e Fernanda, afirmando que não haveria problema se elas usassem o mesmo banheiro.

Depois de toda confusão, o bar ainda teria tentado enviar um combo de bebidas para Manuelly e Fernanda, que se recusaram a receber. Nesta segunda-feira (15), elas registraram um boletim de ocorrência contra o estabelecimento na delegacia da cidade.

“Educação, respeito e estou te dizendo: aqui você não usa o banheiro feminino e se você não estiver feliz, pode se retirar”, diz um funcionário do estabelecimento em vídeo divulgado pelas vítimas.

Fernanda explicou que ela e a amiga não conseguiram dormir por causa do ocorrido. “Eles não noção do quanto isso faz mal para a gente. Eu fico com vergonha, sou uma pessoa mais reservada e fiquei morrendo de vergonha porque ele chamou atenção da gente na frente de todo mundo do bar”, relata.

“É muito chato você ser rejeitado em local público, na frente das pessoas, o cara gritar com a gente”, acrescenta.

Fonte: Olhar Direto

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