Enquanto algumas pessoas tomam sol demais e correm o risco de contrair um câncer de pele, há outras pessoas que têm baixo nível de vitamina D correndo o risco de desenvolver várias doenças graves, incluindo vários tipos de câncer.
Só que isso não quer dizer que aumentar os níveis sanguíneos tomando suplementos de vitamina D necessariamente reduziria o risco de câncer, de acordo com os pesquisadores de Harvard.
Eles deram início a uma pesquisa em 2011 onde testaram essa estratégia com um ensaio randomizado de suplementação de vitamina D (2.000 UI por dia) envolvendo 25.871 pessoas; os resultados foram publicados online em 2 de novembro de 2020, pela JAMA Network Open.
No experimento, os participantes tinham 50 anos ou mais, não tinham câncer no início do estudo e foram acompanhados cuidadosamente por uma média de 5,3 anos.
A pesquisa apontou que a taxa de cânceres metastáticos ou fatais foi 17% menor entre aqueles que tomaram suplemento de vitamina D.
No entanto, o benefício foi restrito a pessoas que não estavam com sobrepeso ou obesas. Em pessoas com peso saudável, o risco caiu 38%; em contraste, entre aqueles que estavam com sobrepeso ou obesos, não houve redução do risco.
Ou seja, para pessoas com peso saudável em risco de desenvolver câncer (devido ao estilo de vida ou histórico familiar de câncer), seria razoável tomar suplementos de vitamina D diários a partir dos 50 anos.
Mas lembre-se, a vitamina D que é um nutriente utilizado pelo corpo em funções importantes, auxiliando o funcionamento de sistemas como o musculoesquelético e o imune pode ser suplementado, mas isso só deve ser feito com a devida orientação de um profissional de saúde.
Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, médico do corpo clínico do hospital israelita Albert Einstein.
Fonte: Gazeta Digital