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Terrorismo no Brasil não é feito de bombas, mas de palavras

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Enganam-se os que pensam que não existe terrorismo no Brasil. Existe, sim. Não é um terrorismo de bombas que destroem tudo que está em volta, matando gente que está numa feira, por exemplo. Aqui não temos ainda homens-bomba. Não. O terrorismo brasileiro é de palavras. Um terrorismo tão perverso quanto a qualquer outro tipo de terrorismo que existe em tantos países, especialmente os governados por ditadores. O terrorismo de palavras também mata. É um terrorismo de crueldades às vezes inacreditáveis. Atualmente, qualquer questão brasileira que se resolveria numa reunião qualquer tomando decisões corretas acaba em atos de terrorismo que assustam e revelam até onde podem chegar os terroristas brasileiros. E chegam ao absurdo.

Os terroristas brasileiros gostam muito de falar em liberdade individual e esparramam um oceano de mentiras colocando dúvidas terríveis na cabeça da população. Falam tanto em liberdade, mas não conhecem o cheiro de uma cela. Não sabem o que acontece dentro de uma cela. Não imaginam o que é dormir numa cela pensando que pode ser morto a qualquer momento. Como acontecia na ditadura. Este colunista viveu isso e sabe muito bem o que significa a palavra liberdade, não essa que os terroristas brasileiros tanto se referem, sem ferida nenhuma guardada por dentro. E eles podem falar assim o que bem entendem porque milhares de pessoas desapareceram, milhares foram assassinadas, milhares foram torturadas com violência. E passaram por isso porque lutaram pela redemocratização do país. Se não fossem esses milhares que sofreram na carne as agruras das mais perversas, esses terroristas ficariam caladinhos no seu canto.

Os maiores atos de terrorismo hoje têm a pandemia como pano de fundo. A pandemia e a vacinação. Poucas vezes se viu neste país terrorismo tão fundo como esse que diz respeito à vacinação. Os grupos de terroristas negacionistas brasileiros estão em toda parte, falando, falando, falando, falando, falando e espalhando medo, além do ódio que dirigem a tudo. Que país é este, meu Deus? Que país é este? O terrorismo existe, sim, e é bastante forte, praticamente ocupa quase todos os setores da vida do país, especialmente a imprensa e as malditas redes sociais. Não dá para compreender como determinada gente coloca a cabeça no travesseiro à noite e dorme o sono dos justos. Não dá para entender. O terrorista não tem sentimento algum dentro de si, senão uma raiva incontida. São ocos. E muitas vezes não falam nem escrevem. Muitas vezes costumam gritar, especialmente quando vencidos pela razão, quando a razão e o bom senso falam mais alto que as barbaridades que vomitam todos os dias.

Os atos de terror atualmente são as manifestações contra a vacinação das crianças. Amanhã haverá outro assunto qualquer. São capazes de dizer que a vacina aumentou o número de mortos no Brasil vítimas da Covid, que hoje chega a 620 mil pessoas. Aliás, alguns dizem isso em alto e bom som. Os terroristas brasileiros não se referem à miséria do país que tem milhões passando fome e outros milhões de desempregados, buscando comida nas latas de lixo dos restaurantes. Os terroristas brasileiros preferem atacar as medidas que tentam amenizar um pouco a dor de uma população que tem a maior parte entregue à própria sorte. O terrorista brasileiro vive nessa área, desacreditando tudo. O terrorismo brasileiro não tem bomba, mas tem a mentira de fanáticos que deviam cuidar da saúde mental. Fariam um bom serviço pelo país.

Por Álvaro Alves de Faria

Fonte: Jovem Pan

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