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A responsabilidade social é de todos

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Há dois anos o mundo se vê perdido, desalinhado e atordoado com a falta de uma diretriz que o indique um “norte” a seguir. Desculpas os governantes têm de sobra: a principal delas é a Pandemia do Covid-19. Em se tratando de Brasil, dentre os tormentos cabíveis cita-se a crise inflacionária que, ao meu entender, nada tem que ver com a Pandemia. Por conseguinte, o alto índice de desemprego não pode ficar de fora.

Um bom gestor independente da esfera da qual opera, deve ter sempre planos compatíveis com a situação da qual lida. Caso a situação careça de políticas impopulares, mas que sejam as soluções do momento, não vejo por quês de não assumir o legado a ele destinado. É preciso ter coragem e ao mesmo tempo ser honesto, principalmente consigo mesmo.

Não obstante, quem dirá sobre os resultados colhidos adiante, será a própria sociedade. Todavia, nem sempre as responsabilidades são exclusivas dos gestores. É preciso que a sociedade coloque as mãos na consciência e veja o quanto ela tem sido insignificante e irresponsável a tal ponto de agir sem a mínima noção das consequências. No “frigir” dos ovos, pergunta-se a quem interessar possa: É possível criticar gestores, sejam eles governantes ou não, se nós sociedade não fazemos por merecer ou, simplesmente, não fazemos a nossa parte? Acho que é um caso a pensar.

É notório perceber que o Brasil está totalmente perdido e descontrolado. O único pensamento de momento é combater com unhas e dentes a tal da Pandemia. Mas…, seria a pandemia a única tempestade a ser controlada? Ou aniquilada? Creio eu que não. Paralelamente, há de se pensar nas condições de vida da sociedade. A meu ver, essa situação não pode ser menos importante que qualquer outra. Afinal, o que pode ser mais que a fome? O que pode ser mais que uma família sem emprego? Diante deste caos, os tenebrosos fatos que se ouvirá e se verá na mídia, serão de assassinatos, roubos, assaltos e daí por diante. Infelizmente essa é a realidade.

Existe um ditado popular que diz o seguinte: “nunca é tarde para começar ou recomeçar”. Isso significa dizer que ainda há tempo, que nós somos capazes de mudar o quadro, de dizer uns aos outros que essa aquarela que vem se desenhando é falsa. Noutras palavras, tal pensamento tem o desejo de dizer que a sociedade tem e deve fazer a sua parte par que para que possa ter respaldo para cobrara com veemência os gestores que dominam o poder. Lembrei-me de uma música do final dos anos 80, do compositor Ivan Lins: “… Depende de nós, Apesar do que o homem tem feito, Se a Vida sobreviverá…”. E então? O que temos que fazer?

A finalidade deste artigo é chamar a atenção das autoridades e da sociedade para que sejamos inteligentes ao ponto de ter humildade de um se colocar no lugar do outro para que a esperança, por mais pobre que ela seja, a faça com que as novas gerações voltem a sonhar.

*Gilson Nunes é jornalista.

 

Fonte: Gazeta Digital

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