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Brasil vota a favor de resolução na ONU, mas critica ‘sanções indiscriminadas’ contra a Rússia

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O embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho, criticou nesta quarta-feira, 2, a aplicação de “sanções indiscriminadas” contra a Rússia e afirmou que as medidas não levam à reconstrução do diálogo. As declarações ocorreram minutos após a Assembleia Geral da ONU aprovar a resolução que repreendeu a invasão russa à Ucrânia – 141 países votaram a favor, incluindo o Brasil. “A resolução não pode ser vista como algo que permita a aplicação indiscriminada de sanções. Essas iniciativas não levam à reconstrução do diálogo diplomático e elas trazem consequências que vão além da situação atual”, declarou Costa Filho.

O embaixador elogiou o trecho da resolução que diz que as partes devem respeitar a lei humanitária internacional para garantir a segurança dos civis e de quem presta trabalho humanitário. No entanto, afirmou que a a medida é “apenas o primeiro passo para alcançar a paz” e lamentou o apoio da ONU para encontrar culpados. “É algo apoiado pela comunidade internacional, mas a paz exige a retirada de tropas e também trabalho amplo das partes para o consenso. A única pré-condição deveria ser o cessar-fogo”, ressaltou. Para Costa Filho, todas as partes devem mostrar “flexibilidade e compreensão” e as soluções devem ser colocadas à mesa e estabelecidas por meio do diálogo. “Estamos prontos a trabalhar de forma resoluta em discussões nessa assembleia e em outros fóruns a esse respeito”, finalizou.

O voto do Brasil na ONU reafirma a posição que vem sendo adotada pela chancelaria brasileira de condenar a invasão russa à Ucrânia. As declarações, no entanto, contrastam com as do presidente Jair Bolsonaro (PL), que evita se manifestar contra o presidente russo, Vladimir Putin. O mandatário se encontrou com o político em Moscou pouco antes do conflito. Após a invasão à Ucrânia, Bolsonaro afirmou que a posição do Brasil é “pela paz” e alegou que tem relações comerciais com os dois países.

 

Fonte: Jovem Pan

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