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Servidores protestam contra demissão em massa na Saúde de Cuiabá

Reprodução

Funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Morada do Ouro em Cuiabá, realizam na tarde desta quarta-feira (23) um protesto em frente ao local por conta de uma decisão do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) que determinou que a prefeitura demita imediatamente 2,4 mil servidores da saúde.

Em entrevista à TV Centro América, um dos profissionais envolvidos na manifestação relatou que só na UPA em que eles trabalham mais de 200 pessoas que eram contratadas vão perder seus empregos, o que totaliza mais de 80% dos profissionais da unidade.

Um dos vídeos gravados pela reportagem mostra uma das contratadas pedindo por respostas sobre a situação.

“Nós queremos colocar para a população de Cuiabá aqui da Morada do Ouro que todos que nós todos fomos demitidos, estamos precisando de emprego (…) agora mais uma família sem condição financeira para dar uma alimentação digna para seus filhos”, relata.

Outro profissional pede para que seja dada uma oportunidade para os contratados, que ficarão sem trabalho. “Eu não sou contra o pessoal ser mandado embora, mas quem trabalha deve ficar”.

Protesto do CEM

Profissionais do CEM (Centro de Especialidades Médicas) também realizam um protesto em frente ao INSS, na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá.

“Hoje vocês nos demitem (…) quem vai atender a população? Como vai funcionar o Sistema Único de Saúde [SUS]?”, questiona.

Decisão

O desembargador do TJMT Luiz Ferreira da Silva determinou que a Prefeitura de Cuiabá demita, imediatamente, 2,4 mil servidores contratados temporariamente na Secretaria Municipal de Saúde.

A contratação irregular destes servidores fez com que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) fosse afastado do cargo durante a Operação Capistrum, deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil em novembro do ano passado. Ele teria atuado pessoalmente no esquema de contratação de servidores temporários para o antigo Pronto Socorro.

“Determino a intimação do Prefeito Emanuel Pinheiro para que dê efetividade às medidas cautelares diversas da prisão impostas, regularizando eventuais situações existentes na referida pasta para que, com exceção do caso das gestantes outrora noticiado, as contratações temporárias sejam de pessoas que tenham sido aprovadas no processo seletivo em referência”, diz parte da decisão do desembargador.

Outro lado

A Prefeitura de Cuiabá informou que ainda não tem a quantidade exata de quantas pessoas da Saúde serão dispensadas. No entanto, os colaboradores já estão sendo notificados de que permanecerão empregados até o fim do mês.

Além disso, segundo a assessoria, a secretaria de Saúde, Suelen Alliend, está em reunião com o desembargador Luiz Ferreira da Silva para explicar a ele que se todas essas 2,4 mil pessoas forem dispensadas o setor poderá ter até falta de atendimento.

Fonte: Primeira Página

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