Em jantar promovido por advogados do Grupo Prerrogativas neste domingo, 26, em São Paulo, a tesoureira do PT, Gleide Andrade, agradeceu as doações ao partido e afirmou, em discurso, que haveria uma mobilização para estimular doadores a “fazerem pix” para a pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. “Haverá outras atividades como esta”, disse, em referência ao jantar.
Os advogados do Prerrogativas têm evitado falar em evento de arrecadação, mas petistas admitiram, no evento, que se tratava de um ato para prestigiar doadores. “O PT, como faz em todas as eleições, busca formas alternativas de arrecadação e a lei permite, especialmente neste caso, para despesas partidárias da pré-campanha, a possibilidade de se colocar eventos como jantares, feijoadas ou a venda de bens, além de uma contribuição eletrônica, a chamada vaquinha eleitoral”, afirmou o ex-governador do Piauí, Wellington D
Coordenador do Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio Carvalho afirmou que o evento serviu para lançar uma campanha de arrecadação para o partido. “O Prerrogativas fará também eventos de arrecadação para a campanha quando houver a confirmação da candidatura.” Os aliados de Lula têm buscado doações ao partido ainda durante o período de pré-campanha para custear despesas com as movimentações em torno do ex-presidente. O petista tem resistido à abertura de uma vaquinha online para o financiamento de sua candidatura.
Em seu discurso, o ex-presidente Lula (PT) agradeceu as doações, ressaltou a aliança com Alckmin, e falou em “normalizar o País” em um eventual novo governo. Falou ainda sobre o papel do Estado para recuperar investimentos sociais e em áreas como educação e saúde.
O petista também voltou a falar sobre sua prisão na Operação Lava Jato. Segundo ele, muitos acreditavam que ele deixaria a prisão “rancoroso”, mas que, como está “apaixonado”, não tem tempo para ressentimentos. Durante a menção ao seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que estava presente, Lula ressaltou a “parceria” com o ex-tucano e disse que não governaria o País, mas “cuidaria” do Brasil.