A situação pela qual a Câmara de Cuiabá passa com o vereador Marcos Paccola (Republicanos) sendo indiciado pelo himicídio qualificado de Alexandre Miyagawa, 41 anos, no dia 1º de julho, é constrangedora e poderia ser solucionada com uma sessão extraordinária para determinar o afastamento dele. Essa é a opinião do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
“A situação ficou muito constrangedora, muito, muito difícil. Tenho certeza que a Câmara jamais viveu tamanho constrangimento na história, cabe a ela resolver qual caminho quer seguir. […] Se eu fosse o presidente da Câmara eu faria isso, dar uma resposta imediata à sociedade porque a Câmara hoje está no olho do furação”, disse o prefeito, em entrevista na quinta-feira (21).
Para ele, o indiciamento feito pela Polícia Civil já era esperado devido às imagens divulgadas do momento em que Alexandre é morto por Paccola com três tiros pelas costas, aparentemente sem esboçar nenhuma reação. “Era a vida de um trabalhador inocente que foi vítima de um assastinato”, ressaltou.
O gestor avalia que essa situação é prejudicial à imagem do Parlamento e diz ter certeza que a sociedade está de olho. “A Câmara não vai conseguir andar, não vai conseguir criar pauta política, pauta legislativa nenhuma se não resolver esse problema”, disse o emedebista.
O caso
O parlamentar é investigado em inquérito policial que apura a prática do crime de homicídio que vitimou o agente penal Alexandre Miyagawa de Barros, ocorrido em 1º de julho, por volta das 19h15, em via pública do bairro Quilombo, em Cuiabá.
Um vídeo do momento do tiro foi divulgado e as imagens mostram que a mulher estava discutindo com algumas pessoas na conveniência, quando Alexandre se aproxima e ela o empurra.
Depois de algum tempo, ele vai novamente atrás da mulher, que segue discutindo com algumas pessoas já dentro da conveniência.
A namorada volta a empurrá-lo, momento em que Alexandre levanta as mãos. Ela sai andando e ele a segue com as mãos para baixo e é baleado ainda de costas para o parlamentar, que atira cerca de 3 segundos após virar a esquina.
O vereador alega ter agido para assegurar uma suposta proteção da mulher do agente, oportunidade em que alega ter verbalizado por quatro vezes, para que o Alexandre largasse a arma.
FONTE:LEIA.GORA