‘Professor’, ‘doutor’, ‘sargento’ e ‘pastor’ são os nomes de urna mais adotados por candidatos que enviaram seus Requerimentos de Registros de Candidaturas ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) para concorrerem nas eleições de outubro deste ano. A adoção de títulos profissionais faz parte da estratégia para conquistar votos.
Conforme levantamento realizado pelo PNB Online, o TRE-MT recebeu 19 registros de candidatura para deputado estadual e federal que levam o título de ‘Professor’ no nome de urna. A lista é seguida pelo título de ‘Doutor’, com 16 menções, ‘Sargento’, com 11, ‘Pastor’ com oito e ‘Delegado’ com cinco.
A adoção de títulos profissionais, militares e religiosos vem crescendo nos últimos anos e tem sido tema de pesquisas científicas, que buscam entender a razão dos candidatos nem sempre utilizarem seus nomes de batismo. É o que explica Eduardo Tadeu Roque Amaral, professor de Letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e estudioso do tema.
“As atividades profissionais que servem, preferencialmente, de base para a formação de nomes de urna são aquelas relacionadas às áreas da saúde, do direito e da educação. Pode-se argumentar que certos qualificativos de prestígio social, como doutor(a) e professor(a), são usados não somente como forma de identificação, na medida em que contribuem para identificar o portador do nome, mas também como estratégia para conquistar votos”
Conforme regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos têm liberdade para definir os seus nomes de urna, que são as denominações que eles utilizam nas campanhas e nos sistemas de votação. Por esse motivo, candidaturas não usam necessariamente seus nomes de batismo e são autorizadas a usar apelidos e mesmo “títulos” e acréscimos.
FONTE:PNB ONLINE