Fala meu Povo MT

A situação foi registrada na noite de sábado (22), na cidade de Nova Mutum.

A desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Maria Helena Gargaglione Póvoas, emitiu uma nota na tarde de domingo (23), repudiando a fala do ex-deputado federal Roberto Jefferson, contra a ministra Cármen Lúcia do Supremo Tribunal Federal. Segundo ela, as ofensas atingem todas as mulheres brasileiras.

Roberto Jefferson, por meio de um vídeo publicado no perfil de sua filha, Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais, comparou a ministra a “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas”.

 

 

 

O ataque seria pelo fato de o ex-parlamentar discordar de um voto dela em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Por meio de nota, Maria Helena ressaltou a reputação ilibada de Cármen Lúcia e classificou o ato como reflexo da “cultura machista”.

 

“A jurista, professora e magistrada Carmem Lúcia tem uma ilibada história profissional, cuja reputação a credencia para pairar acima de ataques chulos como o engendrado pelo ex-deputado”.

 

“Ainda assim, sua defesa se faz necessária, visto que as ofensas à ministra atingem todas as mulheres brasileiras, na medida em que refletem a cultura machista deste país, onde a crítica ao exercício profissional de uma mulher ultrapassa as barreiras da civilidade e chega à barbárie de ofendê-la em razão de seu gênero”.

Íntegra da nota:

O Poder Judiciário de Mato Grosso manifesta total repúdio às declarações do ex-deputado federal Roberto Jefferson que, inconformado com uma decisão judicial, atacou de forma vil e com palavras de baixo calão a honra da ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Carmem Lúcia Antunes Rocha.

A jurista, professora e magistrada Carmem Lúcia tem uma ilibada história profissional, cuja reputação a credencia para pairar acima de ataques chulos como o engendrado pelo ex-deputado.

Ainda assim, sua defesa se faz necessária, visto que as ofensas à ministra atingem todas as mulheres brasileiras, na medida em que refletem a cultura machista deste país, onde a crítica ao exercício profissional de uma mulher ultrapassa as barreiras da civilidade e chega à barbárie de ofendê-la em razão de seu gênero.

Não se admite, em nenhuma hipótese, comportamentos como este, ainda mais vindo de um advogado e ex-deputado, que chegou a representar o interesse dos cidadãos brasileiros no Congresso Nacional.

Prisão e tiros

Após a declaração, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia pediu a revogação da prisão domiciliar Roberto Jefferson, no âmbito do inquérito que investiga milícias digitais na Corte. O pedido foi acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que é relator da investigação.

Na tarde de domingo, agentes da Polícia Federal foram recebidos a tiros e granadas, quando tentavam cumprir decisão judicial. Foram necessárias horas de negociação para que o ex-parlamentar se entregasse.

No início da madrugada desta segunda-feira (24), ele chegou ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

FONTE:REPÒRTER MT

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