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Fávaro afirma que reação do mercado as falas de Lula e PEC da Transição foi “desproporcional”

Foto: Reprodução

Membro da equipe de transição, o senador Carlos Fávaro (PSD) avaliou como desproporcional a reação negativa do mercado às falas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao texto da PEC da Transição, apresentada nesta semana ao Congresso.Fávaro afirma que Lula já mostrou boa gestão fiscal em seus dois governos e que não há motivo para que o mercado financeiro tema um descontrole dos gastos públicos.

“A repercussão foi desproporcional. Ele fez uma fala sem querer agredir o mercado. Não teve reação drástica no mercado, quando aprovamos o Orçamento de Guerra, que extrapolou em R$ 700 bilhões o orçamento. Era um momento de pandemia, mas estamos vivendo as consequências dela. Por isso aprovamos, já no período eleitoral, uma PEC para socorrer a população passando fome”, afirmou, durante entrevista à CNN, nesta quinta-feira (17).

“O presidente Lula disse claramente que ninguém é mais responsável do que ele com a gestão fiscal. Antes dele ser presidente, víamos todos os anos o governo indo de pires nas mãos no FMI em busca de recursos. Ele pagou as dívidas do FMI e depois passou a ser credor”, completou.

Lula tem provocado reações negativas do mercado ao defender que o Bolsa Família, programa de redistribuição de renda, fique fora do teto de gastos. Ele voltou a criticar o teto de gastos na COP-27, em Sharm el-Sheik, no Egito, em discurso a representantes de movimentos sociais. No dia seguinte à entrega da minuta da PEC, o petista afirmou que “não adianta ficar pensando só em responsabilidade fiscal” e que quando se fala em teto de gastos, se tira dinheiro “da saúde, da educação e da cultura”.

Após a declaração, o Ibovespa passou boa parte da manhã em queda de mais de 2%, enquanto o dólar ultrapassou R$ 5,50. Já as taxas de juros futuras superavam o pior período do governo Bolsonaro, batendo recorde.

Levantamento da XP divulgado nesta semana calcula que tirar R$ 175 bilhões do alcance do teto constitucional de gastos pode levar a dívida bruta brasileira dos atuais 76% para até 97,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

FONTE:OLHAR DIRETO

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