Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra a cena revoltante de uma criança especial sendo arrastada pelo braço, para fora da sala de aula, por um estagiário na Escola Municipal Bernardo Venâncio Carvalho, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). As imagens foram registradas pela professora titular da classe. O vídeo mostra a criança gritando e batendo na porta, tentando voltar para dentro da sala. As outras crianças assistem toda a agressão.
A situação ocorreu há cerca de um mês, mas só foi divulgado nessa semana após os pais descobrirem a agressão por meio de uma consulta com a psicóloga da vítima. (Veja o vídeo)
Em entrevista à TV Cidade, afiliada da Rede Record na região, o pai da criança, de 7 anos, disse que o filho tem acompanhamento médico desde os três anos de idade. Ele ficou sabendo do acontecido pela psicóloga da criança.
“Meu filho faz tratamento em uma clínica e a psicóloga me chamou para conversar e me passou a situação que estava acontecendo”, disse. “Aí ela me falou o que aconteceu, que meu filho estava sofrendo maus-tratos na escola”, completou.
Foi a profissional que mostrou as imagens para o pai da criança, que ficou surpreendido com a situação.
“Fiquei muito indignado. Falei algumas coisas que não devia ter falado para a psicóloga e aí ela conversou comigo, pediu para que eu não fizesse nada. Mas num primeiro momento, você sabe o que um pai vai fazer”, contou.
Ele conta que seguiu o conselho da psicóloga e não fez nada, mas acionou a Justiça para que fossem tomadas as medidas cabíveis.
“Não aconteceu nada. A escola está do mesmo jeito. A professora só foi exonerada porque na outra semana eu tive que ir lá na secretaria”, contou.
Em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (07), a secretária de Educação da cidade, Mara Gleibe, disse que foram tomadas as medidas pertinentes tão logo tomou conhecimento do caso. Todo o departamento de educação especial da unidade foi demitido, assim como o estagiário e a professora que fez o vídeo. Além disso, a diretora e a coordenadora pedagógica da unidade responderão Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) por conta do ocorrido. Segundo a secretária, foi solicitado o afastamento das duas.
“Já pedimos para os pais e estamos aqui publicamente pedindo perdão pela atitude daqueles que nem podemos chamar de profissionais”, disse a secretária durante a entrevista coletiva.
FONTE:REPÒRTER MT