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Empresa que faz gestão de UPA onde criança morreu seria de ex-secretário preso; vereador faz denúncia ao MP

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

A empresa Vida e Sorriso Clínica Médica Odontológica, responsável por fazer a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop (480 km de Cuiabá), seria do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, preso recentemente por desvios na Pasta de Cuiabá. O vereador Mário Sugizaki (PODEMOS) usou a tribuna da Câmara Municipal para denunciar o caso e protocolou uma denúncia no Ministério Público Estadual  contra o Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), responsável pela contratação da empresa de Célio. As denúncias sobre a gestão da Saúde de Sinop vieram à tona após a morte da pequena Manoella Tecchio, de apenas três anos. Ela faleceu após dar entrada com tosse seca na UPA no dia 8 de março. Diante do caso, a Prefeitura Municipal determinou no domingo (12), a abertura de sindicância para apurar a situação e afastou a médica responsável pelo atendimento. Abalados com a morte da filha, os pais cobram providências e melhorias na saúde.

Em sua fala durante sessão ordinária nesta segunda-feira (13), Sugizaki afirma que IGPP teria sido contratado após ser instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Instituto Social Saúde Resgate à Vida (ISSRV). Entre as denúncias estavam atrasos de pagamento de salários aos prestadores de serviço, além de aditivos superiores a R$ 1 milhão, visto que o valor contratual seria de R$ 2,4 milhões e os repasses de R$ 4 milhões.

“Fizemos uma CPI ano passado do ISSRV. Um contrato de R$ 2,5 milhão e o município pagava mais de R$ 4 mi. Quando abrimos essa CPI, no mesmo mês foi rescindido o contrato unilateralmente pela Prefeitura que colocou esse IGPP”, afirmou o vereador.

Sugizaki afirma que solicitou os nomes e contatos dos funcionários contratados já que não estariam no Portal da Transparência. Mas conforme ele, as informações nunca foram repassadas.

A atual gestora da Saúde teria firmado contrato de R$ 5 milhões com aditivo de mais R$ 6 milhões. Do ano passado para cá, foram abertas mais 3 UBS’s em Sinop, o que poderia ser justificado pela empresa como aumento no valor dos repasses. Porém, o parlamentar assegura que há ausência de profissionais nas unidades básicas.

“Por incrível que pareça estive nessas UBS’s deste contrato e em nenhuma dessas tem todos os servidores, todos os funcionários que deveriam ter, do que está estabelecido no contrato. Significa o que? Descumprimento de contrato. Falta técnico de enfermagem em todas as unidades, [bairro] Altos da Glória está faltando dentista, faltando auxiliar de dentista”, assegura.

FONTE:OLHAR DIRETO.

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