A advogada Dayane Rodrigues, responsável pela defesa de Antônio Aluízio da Conceição Mariano, suspeito de matar a ex-namorada com mais de dez facadas, afirmou que o acusado estava com receio de ser assassinado por membros de facções criminosas. Segundo a advogada, o assessoramento jurídico foi articulado pela irmã de Antônio, que até então estava escondido em uma casa abandonada, no bairro Parque Cuiabá. O homem foi localizado e se entregou no fim da tarde desta quinta-feira (16). Em entrevista à imprensa, o advogado Josué Ferreira, que atua no caso junto com Dayane, afirmou que se deslocou até a delegacia para articular a entrega do acusado. Após o repasse das informações, a equipe de defesa se deslocou juntamente com os policiais até o endereço onde Antônio estava escondido para que o homem fosse conduzido.
“A família procurou a gente. Nós viemos até a delegacia, conversamos com o delegado que estava conduzindo o inquérito e nós fomos juntos com a equipe do delegado até o local para fazer a entrega dele”, disse Josué.
Segundo Dayane, o homem temia ser assassinado por membros de facção criminosa antes de se entregar. O contato com os advogados foi feito também como uma forma de resguardar sua integridade física.
“Sim, ele estava com medo. Por isso que nós fomos contratados, para tentar entregar ele com vida para as autoridades policiais […]. Fomos intermediando pela irmã dele, primeiramente, e depois conversamos com ele para dizer que a melhor forma possível para que ele não fosse morto, já que ele temia, seria se entregar”, comentou a advogada.
Até o momento a defesa ainda não teve contato direto com o acusado, que deve ser ouvido pelo delegado responsável pelo caso ainda nesta quinta-feira (16). Questionada se há possibilidade de um pedido de liberdade, Dayane afirmou que essa estratégia pode ser utilizada pela defesa.
“A princípio a gente fez a apresentação dele, que é o que importava nesse momento, com sua integridade física resguardada. Não tivemos ainda conversa com ele para saber o que motivou o crime, então estamos aguardando a liberação para conversar com ele […]. O nosso papel da defesa é fazer o pedido da liberdade provisória, agora se vai ser concedido ou não, vai ser uma decisão do juiz”, argumentou.
Ao chegar na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), populares hostilizaram Antônio. Algemado e sob controle de policiais civis, o técnico de internet foi xingado de “assassino covarde”, “vagabundo” e “peste”.
O crime
O crime, ocorrido por volta das 6h, desta quinta-feira (16), foi registrado por uma câmera do circuito interno de segurança. Nas imagens é possível ver o momento em que Emily está andando na rua com o filho, à caminho da escola.
Antônio então chega em uma motocicleta, desce do veículo e vai na direção da vítima. O agressor então puxa os cabelos da vítima na tentativa de impedir a mulher de sair do local com o filho. Na sequência, Antônio pega uma faca e desfere diversos golpes em Emilly, que após ser atingida, fica sentada na calçada.
FONTE:OLHAR DIRETO.