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Justiça mantém prisão de membro do CV que matou 4 trabalhadores em MT

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, manteve a prisão preventiva de Talisson Barbosa Licá, acusado de integrar a organização criminosa Comando Vermelho e ter participação no assassinato de quatro trabalhadores no município de Nova Monte Verde (968 km de Cuiabá), em agosto de 2022. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (20) no Diário da Justiça.

A defesa havia pedido a revogação da prisão preventiva por excesso de prazo e, em segundo plano, a substituição da prisão pelo uso de tornozeleira eletrônica.

O magistrado considerou impossível o pedido ser concedido diante da gravidade da conduta do acusado que ostenta passagens na Justiça por crimes de tráfico de drogas e homicídio, prevalecendo assim a manutenção da prisão preventiva.

 

“Há indícios suficientes de materialidade delitiva e autoria angariados na fase investigativa (a exemplo do termo de apreensão das drogas, depoimentos policiais e informações constantes do relatório técnico retromencionado), bem como o risco à ordem pública gerado pela liberdade do acusado, uma vez que este ostenta maus antecedentes (visto que possui execução penal em aberto) e responde diversos processos criminais, inclusive de homicídio qualificado.”

 

Mortes a mando de facção

 

Os corpos de Alan Rodrigues Pereira, 36 anos; Caio Paulo da Silva, 31 anos; Jefferson Vale Paulino, de 27 anos e João Vitor da Silva, 19 anos, foram encontrados no dia 8 de agosto, enterrados próximo à rodovia MT-208, no município de Nova Monte Verde.

O veículo das vítimas foi encontrado, incendiado, três dias antes, em uma estrada na zona rural do município. Durante as diligências em buscas pelas vítimas, policiais civis foram a uma área, em um local próximo de um rio, usado para ‘desova’ de corpos por criminosos.

Na área foi avistado um corpo humano, já em avançado estado de decomposição. Em continuidade às buscas, foram localizados os outros três corpos, que estavam com uniformes da empresa onde as vítimas trabalhavam.

A investigação apurou que as quatro vítimas foram mortas, porque criminosos de uma facção acharam que os trabalhadores seriam de um grupo rival e ordenaram a execução.

FONTE:REPÒRTER MT.

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