Polícia Civil prendeu um homem identificado pelas iniciais de A.F.S., de 53 anos, pelo homicídio de Luciene Morais de Araújo, 46 anos, registrado na zona rural de Querência (945 km de Cuiabá), em setembro do ano passado. As investigações apontaram que o crime teve motivação passional, em razão de um relacionamento extraconjugal que o acusado mantinha com a vítima há vários anos. O criminoso premeditou o crime e tentou, de diversas formas, ludibriar a investigação.
O criminoso incendiou a casa e o carro da vítima, utilizou vários chips e celulares diferentes para enviar mensagens pelo WhatsApp com ameaças de uma suposta dívida que o filho da vítima tinha e fez ligações aos vizinhos do casal se passando pelo marido da vítima. Ele também passou a intimidar as testemunhas, tudo com o intuito de dificultar as investigações e desviar o foco de si mesmo.
O delegado de Querência, Danilo Rodrigues, explica que o esclarecimento do crime demandou um empenho especial da equipe, que se dedicou na coleta de evidências que pudessem materializar a autoria do homicídio e chegar à prisão. “O investigado é uma pessoa altamente perigosa e tentou, de diversas formas, ludibriar a investigação, dificultar e tentar incriminar outras pessoas para que o foco saísse dele”, pontuou o delegado.
O crime aconteceu por volta das 6h40 a cerca de 10 km do centro da cidade. O casal voltava de uma chácara em um veículo quando se deparou com um arame amarrado entre duas árvores em um seringal.
O casal, então, desceu para desamarrar o arame, quando Luciene foi atingida por vários tiros, sendo um na cabeça. Posteriormente, o atirador fugiu em uma motocicleta. O marido estava ao lado, mas saiu ileso. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.
Antes da emboscada, a vítima e o marido avistaram uma motocicleta preta, parada a 50 metros do local onde foram feitos os disparos. Durante as diligências, os investigadores conferiram que o solo apresentava marcas deixadas pela aceleração brusca do suspeito ao sair do local.
A arma usada no crime foi encontrada e submetida à perícia. O autor do crime confessou a propriedade da espingarda, além disso testemunhas também reconheceram a arma pois já haviam visto ela com o assassino.
Solução
A investigação apurou ainda diversas mensagens ameaçadoras enviadas à vítima, via Whatsapp, indicando que quem as mandou conhecia questões pessoais da vida de Luciene. A Polícia Civil conseguiu comprovar durante o inquérito que as mensagens partiram do celular do autor do crime.