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Assis critica major do GSI que deu água a golpistas durante ataques em Brasília: “quem gerencia não negocia”

O deputado Federal Coronel Assis (UNIÃO) criticou a fala dada pelo ex-membro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), major José Eduardo Natale Pereira, que declarou ter entregue garrafas de água a golpistas que estavam depredando prédios públicos em Brasília como técnica para gerenciar crise. Segundo Assis, se o major estava no local para gerenciar a crise, não era seu papel propor nenhum tipo de negociação com os responsáveis pelos crimes contra o patrimônio.Em entrevista à imprensa, Assis condenou a atitude do major e declarou que tecnicamente a medida fere uma doutrina. A ação foi flagrada pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto e divulgada pela CNN Brasil na última semana. Nas imagens é possível ver o momento em que o ex-membro do GSI entrega garrafas de água aos golpistas.

“Temos uma grande diferença entre negociação de crise e gerenciamento de crise. Quem gerencia não negocia, você nunca vai ver o gerenciador da crise negociando com alguém que está perpetrando um crime, isso é contra a doutrina, não existe isso”, disse o deputado.

Ainda em sua fala, o parlamentar defendeu que se o major efetivamente fosse o responsável pelo gerenciamento da crise, deveria executar a função dentro de um gabinete, tomando decisões macro. Para Assis, a justificativa pelo major se trata de uma falácia.

“Se você é o gerente da crise, você vai estar em um gabinete de crise, tomando decisões macro a respeito do assunto e não estar em campo fazendo a promoção de uma troca. Foi mais uma falácia, uma tentativa de se dar um caráter técnico para uma coisa que não tem cabimento”, argumentou.

Defesa da CPMI 

Com a divulgação das imagens, Assis defendeu a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada na semana passada para apurar o que realmente aconteceu no dia 8 de janeiro. De acordo com o deputado, é necessário esclarecer comportamentos, segundo ele, duvidosos de autoridades do Governo Federal.

“A CPMI sempre foi um instrumento necessário para que a gente pudesse descortinar o que aconteceu no dia 8 de janeiro […]. As imagens deixaram todo mundo atônito. Você vê ali um comportamento muito duvidoso por parte de pessoas que tinham o dever legal de promover a segurança física das instalações e não fizeram. Até mesmo o próprio chefe do GSI. Então realmente isso nos deixa bastante preocupados e mais uma vez reafirmo, a CPMI é necessária para ir a fundo nisso”, defendeu Assis.
FONTE:OLHAR DIRETO.

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