Nesta terça-feira (09), o ataque de um bando fortemente armado a Confresa (1.160 km de Cuiabá) completa exatamentre um mês. Até o momento, 16 bandidos foram mortos em confronto com as Forças de Segurança e quatro foram presos, sendo que dois deles deram apoio logístico aos criminosos.
O ataque aconteceu por volta das 17h daquele Domingo de Páscoa, 09 de abril. O bando chegou à cidade em caminhonetes blindadas. Parte deles foi até o quartel da Polícia Militar da cidade e explodiu o portão. Em seguida, queimaram um carro em frente ao local.
Outra parte foi à sede da empresa Brinks, anexo ao batalhão militar. Lá, os bandidos colocaram bombas no muro e conseguiram invadir o local. Já na parte de dentro, foram até a sala onde estava o cofre e explodiram as bombas. A expectativa era levar entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões.
Os bandidos, porém, não esperavam que a Brinks tivesse um forte sistema de segurança. Um dos recursos era espalhar uma fumaça tóxica, parecida com enxofre, que impediu que eles levassem qualquer valor em dinheiro.
Após a tentativa frustrada de roubo, a quadrilha teve que fugir. Eles foram para a cidade de Santa Terezinha, onde tiveram a primeira troca de tiros com uma equipe da Força Tática de Mato Grosso. Depois disso, conseguiram fugir para a aldeia indígena Itxalá.
Naquela região, a quadrilha abandonou os veículos que usava para a fuga, uma Toyota SW4 e uma Land Rover Sport. Em seguida, conseguiram subir pelo rio de barco e chegaram a Tocantins, onde aconteceram os confrontos com morte.
Cerca de 350 policiais de Mato Grosso, Goiás, Pará, Minas Gerais e Tocantins compõem uma força-tarefa em busca pelo grupo. São 130 policiais só de Mato Grosso, na Operação Canguçu.
No primeiro dia após o ataque, 10 de maio, equipes das polícias de Cuiabá já tinham chegado em Confresa e viram o rastro de destruição. Policiais do Bope desativaram diversas bombas no quartel da PM da cidade.
Até o momento, 16 bandidos foram mortos em confrontos com as Forças de Segurança na região da fronteira entre Mato Grosso e Tocantins. O mais recente foi nesta terça-feira (09). Além dos mortos, quatro bandidos foram presos por participação no ataque, sendo dois deles por darem apoio logístico ao bando.
Com eles, também foram apreendidos 11 fuzis AK-47, dois fuzis calibre 50 capazes de abater aeronaves e vários fuzis 762. Também foram pegas munições, granadas, coletes balísticos, capacetes e balaclavas.
A maioria do bando é de São Paulo e seriam membros do Primeiro Comando da Capital.
Em depoimento à polícia na semana passada, Paulo Sérgio Alberto de Lima, o primeiro criminoso preso pelo ataque, afirmou que a estimativa era de levar R$ 30 a R$ 40 milhões, o que não foi possível por causa da fumaça tóxica liberada pelo sistema de segurança da Brinks.
FONTE:REPÒRTER MT.