O governador Mauro Mendes (União) afirmou que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) reverta a sentença que deixou o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), inelegível por oito anos, assim como foi feito com a também ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Não conheço os detalhes técnicos que levaram à condenação do Bolsonaro, mas me recordo que a Dilma sofreu o impeachment pelo Congresso Nacional e uma das consequências era ficar inelegível por oito anos e ela, então, recorreu ao STF. Em uma decisão inusitada à época, o Supremo disse ‘ok, ela está impichada, perdeu o mandato de presidente, mas não está inelegível'”, pontuou Mauro, durante entrevista ao UOL nesta segunda-feira (10).
No último dia 30, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria e tornou Bolsonaro inelegível. A Corte entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores em julho de 2022 e atacar sem provas o sistema eleitoral.
Mesmo acreditando que a instituição não mudará a decisão do TSE, Mauro pontua que o STF deve ter mais coerência e clareza nas sentenças.
A Dilma foi cassada e uma das penas dessa cassação, clara na lei, era a inelegibilidade por oito anos. Rebolaram daqui e dali e acharam uma solução.
“Considerando o tanto que o Bolsonaro brigou com o Supremo, acredito que seja pouco provável anularem a decisão do TSE, mas acho que as nossas instituições deveriam ter mais coerência, porque toda hora se decide uma coisa, fazendo com que boa parte dos brasileiros perca a credibilidade nas instituições”, criticou.
“A Dilma foi cassada e uma das penas dessa cassação, clara na lei, era a inelegibilidade por oito anos. Rebolaram daqui e dali e acharam uma solução, tornaram ela elegível e ela foi candidata a senadora em MG e perdeu as eleições. Então, que o Bolsonaro tenha o mesmo tratamento”, concluiu Mauro
FONTE:REPÒRTER MT.