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Indígena leva mais de 150 pontos na cabeça após ser atacado por onça-pintada em MT

Foto: Nativa TV

O indígena Erivaldo Morimã, de 54 anos, viveu momentos de tensão no último domingo após sofrer o ataque de uma onça-pintada no último domingo (13), numa região de mata às margens do Rio Juruena, em Alta Floresta (800 km de Cuiabá). Ele levou mais de 150 pontos na cabeça em decorrência dos ferimentos provocados pelo felino.

Segundo relato de Erivaldo, ele estava na mata com os sobrinhos para atravessar o rio. Em dado momento, se deparou com a onça e viu que o animal ia para cima dos dois sobrinhos que o acompanhavam. Foi nesse instante que a onça o atacou.

“Eu vi ela se preparando para pular nos meninos, esperando o momento certo para atacá-los. Quando eu fui gritar que a onça estava próximo deles, ela largou os meninos e veio para cima de mim”, revelou em entrevistas à TV Nativa, afiliada da Rede Record em Alta Floresta.

“Ela ia atacar meus sobrinhos, mas eu fui o anjo da guarda deles. Depois eles foram meu anjo da guarda. Porque se não fosse eles eu não estaria aqui, hoje, contando essa história. Eles foram os mais heróis, por terem me tirado das garras da onça. Sem nada, eles foram heróis para me defender”.

De acordo com Erivaldo, nesse momento ele começou a travar uma luta corporal com o animal e até conseguiu fugir. Porém, foi perseguido e atacado novamento. “Eu fui inventar de correr, aí no que eu corri ela me atacou de novo e me mordeu na cabeça”.

“Os dois [meninos] chegaram lá e ela correu. A ideia dela era: ‘ele já está morto, então eu corro e volto e depois volto para buscar, já que eles vão deixar o corpo e eu volto para consumir”.

Os sobrinhos socorreram Erivaldo, colocando-o dentro do barco até que chegassem próximo a uma pista de avião. De lá, ele foi encaminhado para o Hospital Regional Albert Sabin de Alta Floresta.

O indÍgena foi internado, passou por procedimentos médicos e foi liberado após alguns dias. À reportagem da TV Nativa, Erivaldo disse que não deseja nada de mal ao animal por aquele ser seu habitat natural.  “Deixei ele lá, até ele ficar velhinho. Foi difícil ver e viver isso. Ter que abraçar uma onça. Ninguém acredita, mas é verdade”.

 

FONTE: OLHAR DIRETO

 

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