O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), disse que a Casa de Leis de Mato Grosso precisa ficar de olho nas situações que envolvem possíveis cartéis de frigoríficos que fazem exportação de carne para a China. A denúncia partiu dos senadores Mauro Carvalho (UNIÃO) e Jayme Campos (UNIÃO), que pediram mais explicações do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro (PSD).
Max sabe que não é competência da Assembleia Legislativa investigar ministro, mas disse que a fala dos senadores deixou ele preocupado, principalmente com a situação de pequenos criadores de gado.
“Embora a Assembleia Legislativa de Mato Grosso não tenha competência para investigar a atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, ela tem a obrigação de ficar de olho nas denúncias de um suposto cartel que beneficia grandes produtores de exportação de carne bovina expostos pelos senadores Jayme Campos e Mauro Carvalho”. Essa é a opinião do deputado estadual Max Russi (PSB).
Nesta semana, Jayme e Mauro Carvalho fizeram críticas ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmando que uma quadrilha estaria comandando o mercado de exportação de carnes. Jayme ainda classificou uma lista de exportadores de carne bovina para a China como uma “lambança”, por incluir um frigorífico de Diamantino (181 km de Cuiabá) que pegou fogo e estaria desativado.
“A Assembleia não tem nenhuma competência, mas eu acho que a Assembleia tem que entrar nesse assunto. Eu vi a declaração do Mauro, vi a declaração do Jayme. O Jayme é um senador de dois mandatos, é um senador de um conceito muito forte em Brasília e isso é bastante preocupante. Eu não consigo falar do tema porque eu não estudei a miúdo isso, mas eu confesso que fiquei bastante preocupado. Nós precisamos sim brigar pelos nossos pecuaristas, porque tem muito pecuarista que é pequeno produtor, tem poucas vacas de leite, tem pouco gado de corte e aquilo é a vida dele, a vida inteira trabalhou com aquilo”, disse Max Russi.
Na semana passada, em meio a essa polêmica, Fávaro esteve em Cuiabá e respondeu algumas perguntas sobre o assunto. Segundo ele, a China seguiu a lista do Mapa, com uma ordem cronológica e foi aprovada por todas as entidades representativas do setor. Informou ainda que a China já analisou um número acima das 20 unidades indicadas inicialmente pelo ministério.