Integrantes de facção são alvos de operação da Polícia Civil por execução de jovem por suposto estupro
Ekesio Rosa da Cruz
A Operação Themis, deflagrada nesta manhã de quinta-feira (28.09) pela Polícia Civil de Mato Grosso tem como alvo integrantes de uma facção criminosa envolvidos em crimes de homicídios. Estão em cumprimento oito mandados judiciais na Capital.
As equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa cumprem três mandados de prisão e cinco de busca contra os investigados por homicídio qualificado, tortura e por integrar organização criminosa.
A investigação da DHPP identificou os executores e mandantes de um castigo e tortura contra dois jovens. Um deles foi assassinado na região do Cinturão Verde, no Pedra 90, há dois anos. Felipe Fernandes Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi morto com vários disparos por membros da facção criminosa. Outra jovem de 22 anos foi torturado.
Diante das análises das provas técnicas, DHPP de Cuiabá representou pelas prisões e buscas nas casas dos investigados, sendo os pedidos deferidos na íntegra pelo Poder Judiciário”, comentou o delegado Ricardo Franco de Oliveira, que conduz o inquérito.
Conforme a investigação, os membros da organização criminosa decidiram, às margens da lei, pela instalação do ‘tribunal do crime’ e, consequentemente, pela punição imputada às vítimas em decorrência de um suposto estupro praticado contra uma moradora da região do Pedra 90, que denunciou os dois rapazes à facção.
A equipe da DHPP apurou que fotos das vítimas circularam por um aplicativo de mensagens informando que Felipe Fernandes e o outro rapaz estavam sendo procurados pelo suposto crime.
“O trabalho da Polícia Civil é uma resposta à sociedade, para que a verdadeira justiça seja feita, com o desmantelamento da organização criminosa e responsabilização dos integrantes pelos gravíssimos crimes praticados, todos eles considerados hediondos na legislação”, observou o delegado.
Nome da operação
Themis é, na mitologia grega, é considerada a deusa da Justiça. A operação faz alusão à justiça do Estado, em contraposição ao “tribunal do crime e as punições aplicadas por organizações criminosas.
A operação conta com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.