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Cuiabano que deixou serviço público para investir no mundo café, é único do Brasil em campeonato mundial

Foto: Reprodução

Apesar do apoio que recebeu da mãe e do padrasto quando decidiu pedir exoneração do serviço público para investir nos estudos sobre café, Rubens Vuolo Neto, de 31 anos, precisou lidar com certo nível de julgamento por deixar uma carreira estável. Mesmo assim, pegou pesado nos estudos sobre os grãos, preparos e todo processo químico que envolve a torra. Três anos depois, o cuiabano se prepara para representar o único brasileiro na etapa mundial, em abril do ano que vem, em Chicago (EUA).

Ao Olhar Conceito, ele lembra que a paixão pelos cafés especiais, nome dado para os grãos isentos de impurezas com graduação a partir de 80 pontos de avaliação sensorial, começou com a mãe, Vanessa de Arruda. Há nove anos, ela decidiu que queria uma “vida nova”, processo parecido com o que o filho enfrentaria algum tempo depois.

“Ela começou a estudar cafés para ter uma cafeteria, servir um bolinho com café. Mas ela não sabia manusear as máquinas e fazer a bebida, decidiu aprender e foi fazer cursos, foi quando descobriu o café especial. Ela só tomava o café comum, igual todo mundo, até porque naquela época em Cuiabá não se falava sobre”.

Rubens conta que na época não tinha costume de tomar café, como ainda não tinha conhecimento sobre os cafés especiais, não sentia vontade de tomar o café convencional, que por conta do processo de torra e das impurezas, é amargo. No entanto, aos poucos construiu o hábito de tomar os cafés de grãos especiais ao lado da mãe durante o processo de construção da cafeteria Amado Grão, que fica no bairro Popular, em Cuiabá.

“Lembro de falar que não iria nem começar a gostar de café, porque as pessoas falam que faz super mal, que tem que colocar um monte de açúcar e no final você fica viciado, com dor de cabeça se não tomar. Então, eu nem queria tomar, mas minha mãe contou que tinha descoberto um café que era doce por natureza, começou a me explicar sobre os cafés especiais e fui achando interessante”.

 

 

 

Fonte: Olhardireto

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