Fala meu Povo MT

Suposta mandante da morte de Zampieri pode estar envolvida em outro homicídio, diz delegado

Foto: Reprodução

A suposta mandante do asssassinato do advogado Roberto Zampieri, Maria Angélica Caixeta Gontijo, também pode estar envolvida em outro caso de homicídio no município de Ribeirão Cascalheira (a 773 km de Cuiabá), onde ela disputa por terras. A morte em questão é do gerente de fazenda Marcelo da Silva, cujo cadáver foi encontrado em julho deste ano. O delegado do município, Flávio Leonardo Santana, confirmou ao Olhar Direto que a situação é apurada.

Embora tenha confirmado que Gontijo esteja sendo investigada sobre o paradeiro de Marcelo, o delegado Flávio reforçou que não pode detalhar mais informações sobre o caso, para não atrapalhar o andamento dos trabalhos investigativos.

Marcelo foi encontrado morto carbonizado dentro de uma caminhonete S-10 no dia 1º de julho, ou seja, 19 dias após o seu desaparecimento. Na época, segundo a ocorrência, o último registro do GPS do veículo em que ele estava havia sido na Curva da Macaca, entre as cidades de Querência e Ribeirão Cascalheira, a 60 km do local onde o corpo do homem foi localizado. O veículo tinha uma queixa de roubo e furto.

De acordo com a polícia, a posse sobre a Fazenda Lagoa Azul, propriedade de 5 mil hectares avaliada em mais de R$ 6 milhões, situada em Ribeirão Cascalheira (772km de Cuiabá), é apontada como a principal motivação do assassinato do advogado Roberto Zampieri, encomendado pela empresária Maria Angélica.

Em dezembro passado, Zampieri moveu uma queixa-crime contra ela pedindo indenização de R$ 200 mil por calúnia e difamação. Em 29 de novembro deste ano, a juíza Alanna do Carmo Sankio deferiu o pedido e a condenou a indenizar o advogado e um produtor rural em R$ 200 mil.

Em um dos boletins de ocorrência confeccionado por ela contra Zampieri há a citação do nome de Marcelo, responsável por cuidar da fazenda Lago Azul, propriedade que seria o pivô das execuções.

“Conforme consta no  B.O., a Querelada (Gontijo) alega que Zampieri, Evelci (proprietário da fazenda que era gerenciada por Marcelo) estão realizando ameaça a mesma, que o Sr. Evelci deixou capsulas de munição na entrada de sua propriedade. Tais alegações são um absurdo, pois fora a própria Querelada que esteve na Guarnição da PM de Ribeirão Cascalheiras para fazer insinuações nos B.Os, cada um com uma estória diferente”, diz trecho da queixa-crime, ajuizada meses após o corpo de Marcelo ser encontrado.

Conforme exposto pelo delegado Caio Albuquerque, da DHPP de Cuiabá e responsável pela prisão de Maria Angélica, a mulher negou participação no crime. Ainda conforme a Polícia Civil, a mulher estava planejando ir embora do Brasil, segundo denúncia anônima.

Segundo as investigações da Polícia Civil, Maria Angélica teria sido a mandante da morte do advogado Roberto Zampieri, executado a tiros no dia 5 de dezembro, em Cuiabá. Ela foi presa na cidade de Pato de Minas há cerca de uma semana. Antônio Gomes da Silva, apontado como o executor do advogado, foi preso na região metropolitana de Belo Horizonte. Ambos foram transferidos para Cuiabá e estão presos na capital.

As prisões de Angélica e do executor foram decretadas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP da Capital.

 

 

 

 

Fonte: Olhardireto

Sair da versão mobile