Após prisão de coronel, delegado diz que ninguém está acima da lei: ‘independente de patente’
Ekesio Rosa da Cruz
Foto: Olhar Direto
Após a prisão do coronel do Exército Brasileiro (EB), Etevaldo Luis Caçadini Vargas, suspeito de ter financiado o homicídio do advogado Roberto Zampieri, em dezembro do ano passado, em Cuiabá, o Delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que “independente da patente, ninguém está acima da lei”.
O militar foi detido na segunda-feira (15), em Belo Horizonte (MG), e foi transferido para Cuiabá. A autorização da transferência foi concedida pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
“Independente da patente, nós vamos atrás. E se chegar qualquer ato, será feita a prisão, porque ninguém está acima da lei”, disse Farias.
Etevaldo passou por audiência de custódia na terça-feira (18) e a justiça mineira manteve a sua prisão. O poder judiciário ainda autorizou a transferência dele para Cuiabá, onde está preso, no 44º Batalhão.
O delegado Marcel Gomes, também da DHPP, reforçou a fala do colega. A autoridade disse que crimes de pistolagem não vão ficar impunes.
“Todos os familiares buscam sempre as mesmas respostas: a Justiça de quem matou seu ente querido. Com esse quarto preso da Operação, algumas respostas começam a ser dadas na sociedade, em especial, que crimes de pistolagem na área agrária não ficaram impunes em Mato Grosso”, disparou.
Relembre
Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá por Antônio Gomes de Oliveira. O assassino aguardou a vítima embaixo de uma árvore, por aproximadamente uma hora. Quando o jurista saiu do escritório e entrou na picape Fiat Toro, foi surpreendido pelo atirador, que efetuou pelo menos dez disparos. Na ocasião, o advogado estava com R$ 11 mil no bolso.
A ação do criminoso foi registrada por câmeras de segurança instaladas em prédios residenciais. Nas gravações, é possível visualizar o atirador com uma caixa usada para tentar camuflar o armamento e abafar o som dos tiros. O objeto foi encontrado em frente a outro escritório de advocacia que fica nas proximidades.
