Após diversas suspensões, a assembleia geral dos credores da Santori Comércio Importação e Exportação de Alimentos (Atacarejo), que ocorreu em setembro do ano passado, aprovou o plano de recuperação judicial da empresa, que possui um passivo de R$ 50,2 milhões. A estratégia adotada para o pagamento das dívidas foi homologada na quinta-feira (25) pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da Primeira Vara Cível Especializada em Falência e Recuperação Judicial de Cuiabá.
Como solicitado na recuperação, a empresa responsável pela distribuição sofreu um colapso financeiro devido ao avanço da pandemia Covid-19 a partir de março de 2020. No passado, o Atacarejo, que foi fundado em 2008, enfrentou outras dificuldades devido a investimentos em logísticas e aumentos no preço do diesel, o que encareceu os serviços de transporte.
Após examinar a aprovação do plano, a juíza decidiu homologar, determinando modificações no texto, especialmente em relação às ações de cobrança e execuções individuais, que foram suspensas.
Anglizey também retirou do plano a possibilidade de convocar uma nova reunião para decidir sobre uma nova estratégia em caso de não cumprimento das obrigações estabelecidas. Ela explicou que o descumprimento do que foi acordado durante os dois anos de fiscalização resulta na declaração de falência da empresa.
Diante do que foi apresentado, homologo o plano e concedo a Recuperação Judicial à Santori Comércio, Importação e Exportação de Alimentos Eireli, destacando-se o seu cumprimento nos artigos 59 a 61 da lei, com as observações sobre as cláusulas/disposições consideradas nulas e ineficazes nesta decisão, e propostas de modificações constantes na ata, dispensando, por enquanto, a apresentação das certidões negativas de débitos fiscais.