A polícia encontrou cheques na residência de empresário que foi detido durante uma operação; os valores ultrapassam R$ 500 mil
Ekesio Rosa da Cruz
Foto: Reprodução / Ilustrativa
Os agentes da Polícia Civil encontraram três cheques na residência do empresário Marllon Pezzin de Almeida, conhecido como Marllon Pezzin, que foi detido nesta quinta-feira (1o) durante a Operação Hades, realizada pela Segurança Pública para combater organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em 17 capitais do país. Ele foi detido em sua residência, localizada no Condomínio Florais do Valle. Junto com ele, além dos cheques, foram encontrados R$ 15 mil em dinheiro.
Conforme o registro de ocorrência que o Olhar Direto teve acesso, os cheques foram encontrados no bolso de um blazer no guarda-roupa da residência. Em primeiro lugar, os policiais encontraram um cheque com R$ 40 mil. Em seguida, um outro de R$ 50 mil. Por último, um de R$ 475.380,00. Os valores somados ultrapassam meio milhão de reais.
Os investigadores encontraram, além dos cheques e do dinheiro em espécie, dois aparelhos celulares da marca Iphone lacrados e um computador. Também foram feitas buscas em outra residência do rapaz, no bairro Santa Marta, em Cuiabá, e em sua empresa, no bairro Jardim Glória, em Várzea Grande.
Após ser detido, ele foi levado, sem algemas, para a Delegacia Especializada de Repressão e Entorpecentes (DRE) De lá, ele foi transferido para a Gerência de Custódia e Escolta Metropolitana de Cuiabá e está à espera da audiência de apresentação, que deve acontecer nesta quinta-feira.
O delegado Wilson Cebuski, da DRE, disse que Marllon pode ser transferido para Alagoas para ser ouvido.
Ele será submetido à audiência de apresentação aqui, onde caberá à Polícia Civil da Alagoas solicitar um recambiamento ou solicitar nossa colaboração para a realização da oitiva dele, mas as decisões a serem tomadas serão da Polícia Civil da Alagoas e do Judiciário de Alagoas.
Detenção
Marllon e outros dois empresários foram detidos pela 17a Vara Criminal de Alagoas. Apenas ele foi detido do grupo. Os outros estão foragidos e a polícia acredita que tenham se mudado para o exterior.
Pezzin é conhecido por ter morrido em um acidente de carro no dia 17 de janeiro na MT-010, Estrada da Guia, em Cuiabá. Ele dirigia um Porsche 911 quando colidiu com um VW Fox conduzido pelo jovem Gabriel de Paula, de 20 anos, que foi resgatado em estado grave e levado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) O rapaz teve que se deitar em coma, mas logo acordou.
A suspeita é de que Marllon estivesse participando de um racha na região com outro carro da mesma marca. A Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran) está investigando a suspeita de corrida ilegal.
Além disso, o empresário também foi detido por agredir uma ex-namorada com socos no rosto e no braço. O caso ocorreu em março de 2022.
José Clóvis Pezzin, o nome verdadeiro do indivíduo, ainda se envolveu em uma confusão na avenida Isaac Póvoas depois de importunar uma mulher em dezembro de 2021.
Uma pessoa teria presenciado a cena e, ao despertar a atenção do empresário, teria sido agredida com um soco no rosto. Em seguida, Marllon teria saído do estacionamento e atirado em direção à vítima.
Ação
A Segurança Pública de Alagoas iniciou a Operação Hades contra organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e lavagem de capitais em 17 estados brasileiros.
No estado de Mato Grosso, são cumpridos 13 mandados, sendo três de prisão e dez de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Chapada dos Guimarães.
A megaoperação tem como objetivo cumprir 307 ordens judiciais contra membros de duas organizações criminosas que atuavam no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros delitos.
A operação é fruto de um trabalho investigativo da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Alagoas, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, que apura a atuação criminosa desses grupos no tráfico de drogas em larga escala em Alagoas e outros estados do país.
As ordens foram emitidas pela 17a Vara Criminal da Capital de Alagoas, após parecer favorável do Gaeco e do Ministério Público de Alagoas, com base nas evidências técnicas apresentadas pela Dracco. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Alagoas e em outros 16 estados do Brasil de forma simultânea.
No total, foram cumpridos 79 mandados de prisão e 228 mandados de busca e apreensão em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
