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A Operação Guilhotina cumpre mandados contra um grupo que age de forma criminosa no sul do Mato Grosso

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Mato Grosso iniciou a Operação Guilhotina, que tem como objetivo cumprir 10 ordens judiciais de prisões preventivas e de buscas, além do afastamento do sigilo de dados, contra um grupo que investiga o roubo de uma carga de óleo diesel e de um caminhão na região sul do estado.

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) cumpriu três prisões preventivas e realizou sete buscas em sete endereços nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

O inquérito instaurado pela GCCO apurou a atuação de um grupo de criminosos que atuava no roubo de uma carreta que transportava 56 mil litros de óleo diesel. O crime ocorreu em setembro do ano passado contra o motorista do caminhão Mercedes Benz que transportava combustível de Paulínia, no interior de São Paulo, para Várzea Grande.

A perspetiva de investigação revelou que o grupo é liderado pelo indivíduo A.J.D.C., de 45 anos, conhecido no meio policial e que já atuou em diversos roubos de cargas na capital e no interior do estado. O grupo ainda conta com a mulher do líder criminoso, E.M.D.G.C., de 44 anos, e com um homem que conduzia o caminhão roubado entre Rondonópolis e Várzea Grande.

Roubo em Rondonópolis

O condutor da carreta tanque, na noite de 20 de setembro de 2015, solicitou a permissão da transportadora para prosseguir com a viagem até Várzea Grande. Ao retornar à estrada, notou um defeito na marcha e, ao examinar o que poderia ter ocorrido. No momento em que a vítima foi abordada, um casal armado anunciou o roubo.

Os criminosos ordenaram que o motorista entrasse no caminhão e, ao sentarem atrás do banco, apontaram a arma de fogo para a vítima, que, então, seguiu em frente e cruzou a cidade de Rondonópolis. Em seguida, ao passar por uma praça de pedágio na BR-364, a vítima foi intimada a parar o veículo próximo a um veículo que aguardava na sua frente.

O motorista, que estava com um capuz, percebeu que um terceiro elemento havia entrado no caminhão. Em seguida, foi retirado da carreta e levado por um dos criminosos para um matagal, onde permaneceu por toda a noite. No dia seguinte, o agressor recebeu uma ligação e, logo após, amarrou as pernas da vítima com um cadarço. Em seguida, o agressor deixou o local. Em pouco tempo, a vítima conseguiu se libertar e seguiu para a rodovia, onde foi socorrida até um posto da Polícia Federal e, posteriormente, encaminhada para uma unidade da Polícia Civil.

Investigação

A GCCO identificou o percurso percorrido pelo caminhão desde a subtração da carga de óleo, bem como o veículo Fiat Pulse, que auxiliou na ação criminosa.

A equipe de investigação apurou que o veículo foi alugado por uma companhia de transporte, de propriedade do casal investigado, e que o bem foi devolvido à locadora um dia após o furto. Alguns dias antes do roubo, o Fiat Pulse esteve em um estabelecimento no Jardim dos Estados e depois no Jardim Paula 1, ambos em Várzea Grande.

O mesmo veículo esteve no endereço do casal investigado e, no mesmo dia, seguiu para Rondonópolis, onde pernoitou. A perícia técnica da GCCO confirmou que o veículo era conduzido pelo líder do grupo criminoso, acompanhado de sua mulher.

Os policiais da unidade especializada identificaram o condutor do caminhão que foi roubado em Várzea Grande no dia 21 de setembro, bem como o veículo que o apoiou, que foi objeto de um dos pedidos de detenção preventiva.

O delegado responsável pelo inquérito, Mário Santiago Júnior, explica que o líder do grupo não participou ativamente da abordagem à vítima, tendo em vista a sua exposição e riscos, mas acompanhou toda a ação, mantendo-se a uma distância razoável do caminhão alvo, acompanhando o veículo durante a ação de roubo.

 

 

Fonte: Informações/ PJC-MT

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