Duas crianças permaneceram presas em casa por dois dias, juntas à mãe assassinada a facadas; uma delas é autista
Ekesio Rosa da Cruz
As duas crianças que presenciarem a mãe, Lorrane Cristina Silva de Lima, de 23 anos, ser assassinada a facadas pelo companheiro José Edson Galdino Santos, em Diamantino (182 km de Cuiabá), ficaram trancadas por dois dias em casa, após o crime.
O corpo foi descoberto durante a noite de quarta-feira (13). As crianças têm sete e cinco anos, sendo uma delas portadora do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Investigações da Polícia Civil dão conta que Lorrane foi morta durante uma discussão com José. Durante a briga, a jovem foi esfaqueada diversas vezes. Após o fato, ele trancou os dois enteados em casa e fugiu do imóvel.
“Na manhã de terça-feira, durante uma discussão, ele (José) em posse de uma faca, querendo acessar o celular dela, desferiu vários golpes de faca, levando ela a óbito. Em seguida, ele ainda usou o dedo dela para desbloquear o aparelho celular”, disse o delegado Marcos Bruzzi.
Corpo encontrado Foi relatado que a família é de Rondônia e que estava há menos de um mês na cidade de Diamantino. Desde a chegada da família, Lorrane buscava uma escola para colocar as crianças e conseguiu encontrar vaga recentemente. A professora do colégio notou a falta das crianças por dois dias e decidiu ir até a casa da família.
No imóvel, uma das crianças relatou que a mãe estava dormindo e que o padrasto tinha saído para comprar remédio. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o corpo de Lorrane ao lado de um colchão e com um cobertor. A faca também estava próxima à vítima.