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O médico sustenta que não tinha noção da intenção da mãe de matar os dois

Foto: Reprodução

Bruno Gemilaki, filho da fazendeira Inês Gemilaki, autora dos disparos que ceifaram a vida de dois idosos, alegou à Justiça que não tinha conhecimento de que sua mãe tinha a intenção de matar. Em 21 de abril, Inês e Bruno invadiram uma residência em Peixoto de Azevedo em busca de Enerci Afonso Lavall, o que resultou na morte de Pilso Pereira da Cruz, 69, e Rui Luiz Bogo, 81. Lavall foi atingido, mas resistiu. O padre José Roberto Domingos também foi atingido, mas se recuperou. Contudo, o promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, que os denunciou, apresentou contestações à versão apresentada por Bruno.

Naquele dia, Bruno e Inês invadiram a residência de Erneci Afonso Lavall, alvo da fazendeira, situada na rua Thiago Magalhães Nunes, número 1403, bairro Alvorada. As imagens captadas pelas câmeras de segurança da residência revelaram que o filho acompanhou e auxiliou a mãe durante toda a empreitada, portando uma espingarda calibre 12.

Apesar de ter afirmado desconhecer a intenção homicida de Inês, ele a acompanhou durante todo o percurso e, de posse da arma longa, disparou, pelo menos, quatro vezes. A Polícia Militar localizou as marcas dos tiros na residência.

A constatação de que Bruno disparou os tiros permitiu que o promotor concluísse, ao aditar a denúncia, que ele deve responder pelos resultados da empreitada criminosa liderada pela sua mãe, na medida de sua colaboração.

Vale o mesmo para Éder Gonçalves Rodrigues. Ele dirigiu o veículo e também apareceu com uma arma de fogo, o que contribuiu para o êxito das execuções.

Apesar de Éder não ter disparado nas imediações das vítimas, ou seja, nos fundos da residência, é possível notar o apoio que deu à situação, seja dirigindo o veículo (Camionete) ou fazendo uma espécie de retaguarda para Inês e Bruno, os três réus devem responder pelos resultados alcançados”, anotou Álvaro, em nova declaração anexada aos autos nesta quinta-feira (8)

O trio foi denunciado pelo crime de homicídio, sob a qualificadora do motivo fútil e recursos que dificultaram a defesa das vítimas. Bruno está preso no Centro de Detenção Provisória de Peixoto, ao lado de Éder. Inês está reclusa no Centro de Detenção Provisória de Colíder.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto

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