Mato Grosso registrou 46 mortes de mulheres por feminicídio em 2023. As regiões integradas de Cáceres, Sinop e Cuiabá foram as cidades que mais registraram os assassinatos. Algumas das mortes ganharam repercussão nacional. Os dados são do 5º anuário da Segurança Pública de Mato Grosso, divulgado nesta quinta-feira (9).
As regiões integradas de Sinop e Cáceres são contempladas pelos municípios de Sinop, Cláudia, Feliz Natal, Santa Carmem, União do Sul, Vera, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã, Sorriso, Cáceres, Araputanga, Curvelândia, Gloria D’Oeste, Indiavai, Lambari d’Oeste, Mirassol d’Oeste, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos.
A região integrada de Cuiabá registrou sete assassinatos. Os municípios que contemplam essa região são Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Barão de Melgaço, Santo Antônio do LevergerPelo menos três deles ganharam repercussão nacional.
O caso mais recente foi em 24 de novembro, em Sorriso (420 km de Cuiabá). Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e suas filhas Miliane Calvi Cardoso, 19, Manuela Calvi Cardoso, 13 e Melissa Calvi Cardoso, de 10, foram mortas após ter a casa invadida pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos.
Cleci e mais duas filhas foram esfaqueadas, abusadas sexualmente e encontradas nuas na casa. A caçula foi morta asfixiada. Os corpos foram descobertos três dias depois e Gilberto foi preso em flagrante.
Em agosto do ano passado, a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni foi estuprada e assassinada pelo ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, em Cuiabá. Seu corpo foi encontrado dentro de um carro no Parque das Águas.
A designer de sobrancelhas Emily Bispo da Cruz, de 20 anos, foi morta a facadas na frente do filho dela no mês de julho em Cuiabá. O crime foi cometido pelo frentista Antônio Aluísio Conceição Maciano, condenado a 20 anos de prisão pelo feminicídio.
Em janeiro, Thays Machado, de 44 anos, foi morta a tiros com o namorado Willian Moreno em Cuiabá. O crime foi cometido pelo empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra.
Ainda segundo o levantamento do anuário, em 25 casos foram usados armas cortantes ou perfurantes pelos agressores. Armas de fogo foram usadas em oito casos.