“Miro Louco” foi condenado a 31 anos de prisão pelo assassinato de jovem que chamou CV de “Comando Gay”
Ekesio Rosa da Cruz
O Tribunal do Júri condenou a liderança do Comando Vermelho, Miro Arcangelo Gonçalves de Jesus, o “Miro Louco”, a 31 anos de prisão, em regime fechado, pelo homicídio qualificado de Alex Araújo Santana, vulgo “Coringa”. Miro mandou executar Santana em 2015, no bairro Pedra 90, Cuiabá, após ele ter dito que a facção estava falida e que era um “Comando Gay”. Julgamento ocorreu nesta terça-feira (25) e foi presidido pela juíza Mônica Perri.
O crime ocorreu no dia 20 de dezembro de 2015, após Miro tomar conhecimento sobre o que Coringa estaria dizendo em relação ao CV. De posse das ofensas, Miro ordenou, segundo as investigações, que Fabrício Domingos Ramos executasse a vítima, e, para isso, lhe entregou a arma de fogo usada no assassinato.
No dia, Alex foi até a casa da sua sogra, próxima da Igreja Batista, no Pedra 90, e ali ficou com sua então namorada. Depois, ele tomou um banho e saiu sem dizer nada. Neste momento, Fabrício viu Coringa em sua motocicleta e disparou 4 vezes, ceifando sua vida em plena luz do dia.
Diante disso, o conselho de sentença, formado por quatro jurados, acatou a denúncia formulada pelo Ministério Público, de que Miro teria sido o mandante do crime e o condenou pelo homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele foi condenado a 31 anos de prisão. Em sede de habeas corpus, o processo foi suspenso e desmembrado em relação à Fabrício.