Personal Trainer Denuncia Coação de Policiais após Agressões por Policial Civil
A personal trainer Débora Sander, de 43 anos, que denunciou agressões sofridas às mãos do policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, de 42 anos, afirmou ter sido coagida por outros policiais ao tentar fazer a denúncia no início de agosto.
Segundo Débora, os policiais tentaram dissuadi-la de registrar a queixa e aconselharam que ela voltasse para casa, tentando “acobertar o acontecido”. Ela relatou que havia deixado sua residência e se deslocado para o interior devido ao medo do agressor.
Além das agressões físicas, Débora afirmou que o policial também ameaçou seu filho. Ela revelou ainda que o agente conseguiu evitar a prisão em flagrante e se encontra no Rio de Janeiro, usufruindo de licença-prêmio.
“Perdi meu emprego, estou distante do meu filho, que está sob ameaça, enquanto ele desfruta de uma licença-prêmio. Quando a justiça será feita? Esta não foi a primeira vez que ele me agrediu, mas foi a primeira vez que consegui romper essas amarras psicológicas e denunciar,” declarou Débora.
Débora relatou que, na primeira tentativa de denúncia, o policial afirmou que “polícia ajuda polícia”, minimizando a possibilidade de consequências para si.
O relacionamento de Débora com o policial durou dois anos, período em que ela sofreu violência psicológica e financeira, culminando em agressões físicas no dia 4 de agosto. Após o episódio, ela procurou o plantão de atendimento a vítimas de violência doméstica e sexual em Cuiabá e solicitou medidas protetivas de urgência.
O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, e a Corregedoria Geral da Polícia Civil também foi informada. A investigação do caso está em andamento.
Primeira-Dama se Pronuncia
A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, classificou o caso de Débora como “absurdo e inaceitável” em suas redes sociais. Ela pediu leis mais rigorosas e cobrou uma resposta dos Poderes e da Justiça.
“É revoltante ver Débora enfrentando essa situação difícil, enquanto o agressor está no Rio de Janeiro, usufruindo de uma licença-prêmio. É ainda mais chocante que, apesar das graves acusações e da medida protetiva, o policial continue em liberdade e sem as devidas consequências,” afirmou Virgínia Mendes em sua publicação.