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O membro do CV que assassinou empresário por desobedecer ordens da facção foi condenado a 24 anos de reclusão

Foto: Reprodução

Membro do Comando Vermelho é condenado a 24 anos por assassinato em shopping de Cuiabá

Nesta segunda-feira (18), o Tribunal do Júri de Cuiabá condenou Bruno Fernandes de Souza, integrante do Comando Vermelho, a 24 anos de prisão. Ele foi considerado culpado pela execução do empresário Josinaldo Ferreira Araújo, conhecido como “Naldo do Tereré”, assassinato ocorrido na véspera de Natal de 2022 no Shopping Popular da capital mato-grossense.

A sentença atendeu à denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), que apontou três qualificadoras no crime: motivo torpe, perigo comum e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. A promotora de Justiça Marcelle Rodrigues da Costa e Faria destacou que Bruno permanecerá preso e não poderá recorrer da decisão em liberdade.

Crime planejado e execução no Shopping Popular

De acordo com a investigação, Bruno agiu em conjunto com Wenderson Santos Souza, que faleceu durante um confronto com a polícia após o crime. Os dois chegaram ao local previamente armados e ajustados para executar Josinaldo.

Imagens de câmeras de segurança mostraram que os acusados não conheciam a vítima e perambulavam pelo shopping, aparentemente em contato telefônico com alguém que fornecia informações sobre o alvo. Em determinado momento, Wenderson avistou Josinaldo e o identificou para Bruno, dizendo: “É este!”. Enquanto Bruno distraía a vítima, Wenderson disparou contra ela com uma pistola Taurus .380, causando os ferimentos que levaram à sua morte, conforme consta no exame de corpo de delito.

Fuga e confronto com a polícia

Durante a fuga, os criminosos trocaram tiros com a Polícia Militar. Bruno foi preso em flagrante portando um revólver calibre .38 carregado com seis munições. Wenderson, armado com uma pistola Taurus .380 e 23 munições, foi morto no confronto.

Histórico criminal

Bruno Fernandes, conhecido como “Bruninho”, tinha 22 anos à época do crime e já acumulava 15 boletins de ocorrência. A maioria dos registros o associa a atividades de uma facção criminosa. Wenderson, seu comparsa, também integrava o Comando Vermelho e era oriundo do estado da Bahia.

O caso evidencia a violência associada ao crime organizado em Mato Grosso e reforça a atuação rigorosa do sistema judiciário na punição de crimes hediondos.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto

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