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“Serial Killer”, que assassinou um jovem com 30 facadas e desenhou cruzes com sangue, foi condenado a 20 anos de reclusão

Foto: Reprodução

Homem é condenado a 20 anos de prisão por homicídio brutal em Cuiabá

Nesta terça-feira (10), o Tribunal do Júri da comarca de Cuiabá condenou Juberlandio Diniz Alvarenga a 20 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio de Roger André Soares da Silva, morto com 30 facadas em abril de 2022. O réu, que não poderá recorrer em liberdade, foi julgado culpado por um crime cometido com motivo torpe, uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), o crime aconteceu em uma residência no bairro Parque Cuiabá. Juberlandio, também conhecido como “Maycon”, atacou Roger André com 30 golpes de faca, concentrados principalmente na região cervical, levando a vítima a óbito por choque hemorrágico.

Conforme descrito no processo, o réu ainda posicionou o corpo da vítima em forma de cruz e utilizou o sangue para desenhar três cruzes na parede, uma cena que, segundo o MP, demonstrou uma “espetacularização da violência”.

Investigação

As autoridades apontaram que Juberlandio possui um perfil de elevada periculosidade, sendo conhecido por idolatrar personagens fictícios violentos, como Michael Myers, da franquia de filmes de terror Halloween. Ele usava o apelido “Maycon” em referência ao personagem e, em seu perfil no WhatsApp, se autodenominava “serial killer”.

Durante as investigações, foi constatado que o réu nutria ódio declarado contra homossexuais, motivado por um relacionamento anterior de quase 10 anos com uma mulher trans. No dia do crime, Roger André, que era homossexual, teria oferecido carona a Juberlandio, que posteriormente decidiu atacá-lo. Segundo a denúncia, o réu afirmou ter matado a vítima por vê-la como um “demônio”, alegando agir “em nome de Jesus”.

Sentença

O Conselho de Sentença acolheu os argumentos do promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins, que destacou a crueldade do ato e o “modus operandi” do réu. Para o MP, o crime revelou não apenas brutalidade, mas também uma assinatura macabra, reforçando a periculosidade de Juberlandio Alvarenga.

O condenado iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, sem a possibilidade de recorrer em liberdade.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto

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