Jovem trans é encontrada morta em Várzea Grande; caso gera comoção e pedidos por justiça
A morte de Thayla Aylla, jovem trans de 24 anos, causou grande comoção nas redes sociais. Desaparecida desde o dia 20 de dezembro, quando foi vista entrando em um carro branco com um suposto cliente, Thayla foi encontrada na tarde desta segunda-feira (23), em avançado estado de decomposição e com sinais de violência.
O corpo foi localizado em um terreno baldio, próximo ao trecho do Zero KM, em Várzea Grande (MT). A Polícia Civil não descarta a possibilidade de homicídio, e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Amigos lamentam e pedem justiça
Nas redes sociais, amigos e conhecidos de Thayla expressaram indignação e cobraram respostas das autoridades. “Não dá para aceitar que mais uma mulher trans seja vítima dessa violência brutal. Até quando vamos viver com tanto descaso? Que ela descanse em paz e que sua família tenha forças nesse momento tão difícil”, escreveu uma amiga.
Outra publicação destacou a urgência de medidas de proteção à comunidade trans: “Thayla tinha sonhos, uma vida pela frente, e foi tirada de nós de forma covarde. Não podemos ficar em silêncio. Justiça por Thayla Aylla!”
Violência contra mulheres trans no Brasil
O caso reacende o debate sobre a vulnerabilidade da população trans no Brasil, que lidera o ranking mundial de homicídios contra pessoas trans. Movimentos sociais e ativistas cobram investigações rigorosas e políticas públicas que garantam a segurança e os direitos dessa comunidade.
Investigações em andamento
De acordo com o delegado Nilson Farias, responsável pelo caso, as circunstâncias apontam para um possível envolvimento de um cliente, dado que Thayla, que era profissional do sexo, foi vista pela última vez entrando no veículo.
Natural do Maranhão, Thayla estava morando em Várzea Grande há apenas três meses. O local onde o corpo foi encontrado foi isolado para a realização de perícia pela Politec. Após os trabalhos iniciais, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
A Polícia Civil segue investigando o caso.