Sargento da Polícia Militar nega ter agredido a mulher e afirmou que a confusão teve início depois de uma discussão com o pai do noivo
Ekesio Rosa da Cruz
Foto: Reprodução
Sargento da PM nega agressão a mulher em festa de casamento e alega tumulto com familiares do noivo
O sargento da Polícia Militar e presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar, Laudicério Aguiar Machado, negou, nesta quarta-feira (8), as acusações de que teria agredido uma mulher durante uma festa de casamento em Várzea Grande, na madrugada da última terça-feira (7).
A denúncia foi registrada em um boletim de ocorrência por uma mulher identificada pelas iniciais G.G.V., de 31 anos, que afirma ter recebido um soco no rosto do sargento. A vítima relatou que a agressão ocorreu durante o evento.
Versão do sargento
Em nota, Laudicério afirmou que estava presente na festa a convite dos noivos, com quem mantém uma relação de proximidade. No entanto, segundo ele, uma discussão acalorada com o pai do noivo, relacionada a questões profissionais, desencadeou um tumulto.
“Ele me fazia cobranças das quais considerei indevidas, tanto pelo meu trabalho quanto pelo ambiente em que estávamos. A discussão foi ficando mais acalorada, e os ânimos se exaltaram, ao ponto de iniciar um tumulto, pois os familiares do noivo vieram também tirar satisfação sobre toda a discussão”, declarou o sargento.
Laudicério contou que, diante da situação, tentou se afastar do conflito, mas foi envolvido em um “empurra-empurra” ao decidir deixar o local.
“Houve um tumulto, empurra-empurra, e fui me direcionando para sair do local e ir embora da festa, sofrendo empurrões do pai do noivo e de seu filho, irmão do noivo. Assim que consegui me desvencilhar deles, fui até meu carro e saí do local”, explicou.
Acusações e exposição
O sargento também alegou que teve sua intimidade exposta com o registro do boletim de ocorrência e a repercussão do caso na imprensa.
“A dor que essa exposição me causa é imensa. É a dor de uma vida, e não tenho palavras suficientes para expressar isso. Além de sofrer violência física e verbal, tem a violência do preconceito”, afirmou Laudicério.
Ele ainda destacou o impacto emocional que o episódio trouxe. “Confesso que o fato me trouxe profundo abalo físico e psicológico, não apenas pelo que ocorreu na festa, mas pelo absurdo do qual estou sendo acusado. Lamento profundamente o que ocorreu e peço desculpas aos amigos noivos e a toda a família pela confusão, mas é preciso dizer a verdade.”
A Polícia Militar e as autoridades responsáveis não se manifestaram sobre o caso até o momento. O boletim de ocorrência está sob investigação.
