Fala meu Povo MT

Criança indígena de um ano que faleceu com sinais de abuso sexual apresentava indícios de desnutrição e falta de água, conforme verificou a delegada.

Foto: Reprodução

Bebê Indígena com Sinais de Violência Sexual Morre ao Dar Entrada em UPA

Uma bebê indígena de um ano e dois meses morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Garças, a 511 km de Cuiabá, com sinais de estupro e um quadro grave de desnutrição. A informação foi confirmada pela delegada da Polícia Civil, Luciana Canaverde.

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança foi levada à unidade médica pelos pais no domingo (2). Durante o atendimento, a equipe médica precisou realizar manobras de reanimação cardiopulmonar por 22 minutos, mas a menina não resistiu. Além dos sinais de abuso sexual, a bebê apresentava febre, vômito, desnutrição e indícios de desidratação.

“Ela deu entrada na UPA com um quadro grave de febre, diarreia, vômito, desnutrição e sinais de desidratação. Durante os procedimentos médicos, foram constatados vestígios de violência sexual, que foram confirmados no exame preliminar de corpo de delito”, declarou a delegada Luciana Canaverde.

Os pais da criança foram encaminhados à delegacia para prestar depoimento. Segundo informaram, moram em uma aldeia em Nova Xavantina e afirmaram que a bebê nunca havia sido deixada sozinha.

O caso está sob investigação da Delegacia de Defesa da Mulher, que irá aprofundar as análises sobre a rotina da criança e as circunstâncias que levaram à sua desnutrição e desidratação. A delegada destacou que ainda é cedo para afirmar a relação entre a morte e a violência sexual.

“Infelizmente, esse quadro evoluiu para óbito. Podemos dizer que a morte ocorreu em decorrência da violência sexual? Ainda não. Precisamos aguardar o laudo de necropsia para determinar a causa da morte. No entanto, a médica legista já confirmou que a criança foi vítima de violência sexual”, afirmou a delegada.

A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar os responsáveis pelo crime.

 

Da redação com informações do Olhar Direto

Sair da versão mobile