O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), reagiu nesta quinta-feira (29) às críticas do vereador Dídimo Vovô (PSB) sobre o novo contrato de aluguel da futura sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo Dídimo, a Prefeitura pretende transferir a pasta para um prédio de propriedade de Alvani Manoel Laurindo — filiado ao partido Novo e ligado à direita — com aluguel mensal superior a R$ 300 mil, mais que o triplo do valor atualmente pago.
Atualmente, a SMS funciona em um imóvel no bairro Duque de Caxias, com aluguel de R$ 102 mil mensais. O novo endereço será no prédio da antiga Universidade de Cuiabá (Unic Barão), na Rua Barão de Melgaço, bairro Porto. Dídimo classificou a mudança como “farra com o dinheiro público” e cobrou explicações da Prefeitura sobre o aumento de custo.
Abilio, por sua vez, justificou a mudança afirmando que a nova estrutura abrigará, além da sede da SMS, diversos serviços de saúde integrados, como o Centro de Referência do Autismo, espaços de atendimento para mulheres e idosos, e áreas para fisioterapia. “O montante [do aluguel] será de aproximadamente R$ 340 mil, já com seguro e manutenção incluídos, mas com isso teremos uma economia de quase R$ 40 mil mensais ao centralizar os serviços em um único local”, argumentou o prefeito.
Ao ser questionado sobre a ligação entre o proprietário do imóvel e seu grupo político, Abilio ironizou: “Se fosse para alugar de um petista, ele [Dídimo] não estaria reclamando”. Ele também alegou que não há outro imóvel em Cuiabá com estrutura semelhante ao da Unic Barão. “Estamos falando de um espaço com mais de 200 salas, amplo estacionamento, transporte público na porta, ideal para integrar vários serviços da saúde. Esse tipo de estrutura não está disponível em outros prédios da cidade”, disse.
O prefeito ainda destacou que o processo tem sido conduzido com transparência e que o foco da administração é ampliar e qualificar os serviços de saúde oferecidos à população. “A questão aqui não é apenas sobre valores, mas sobre entregar mais atendimento e dignidade ao cidadão”, concluiu.
FONTE – RESUMO