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Deputado e vereador se posicionam contra fechamento da Coder e propõem reestruturação para preservar empregos

Foto: Reprodução

O possível fechamento da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) e a demissão de cerca de 600 trabalhadores mobilizou lideranças políticas locais. Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta quarta-feira (9), o deputado estadual Thiago Silva (MDB) criticou a proposta da gestão do prefeito Cláudio Ferrarini (PL) e defendeu medidas alternativas que garantam a manutenção dos postos de trabalho.

“A Coder emprega centenas de pais e mães de família que sustentam seus lares com dignidade. Não podemos aceitar a extinção de uma empresa que cumpre importante função social em Rondonópolis”, declarou o parlamentar. Ele cobrou do Poder Executivo municipal a responsabilidade de renegociar as dívidas da companhia, em vez de penalizar os trabalhadores com a demissão em massa.

Thiago Silva também antecipou a posição oficial do MDB na cidade, informando que a executiva municipal orientará os vereadores da sigla a votarem contra o encerramento das atividades da empresa, caso o projeto avance para a Câmara Municipal.

A Coder enfrenta uma dívida estimada em R$ 189 milhões com a União, acumulada ao longo de décadas, o que é apontado pela atual gestão como o principal motivo para a proposta de extinção. Ainda assim, o deputado acredita ser possível sanar os problemas da autarquia com transparência e planejamento de médio prazo.

Thiago Silva tem histórico de cobrança por mais transparência na gestão da companhia. Quando atuava como vereador, foi autor da Lei nº 7.706, que obriga a Prefeitura e a Coder a prestarem contas públicas por meio do Portal da Transparência.

Proposta de reestruturação é apresentada na Câmara

Na Câmara Municipal, o vereador Valdenir Pereira (PRD) apresentou uma proposta de reestruturação administrativa da Coder como alternativa ao seu encerramento. Ele ressaltou a falta de dados técnicos que justifiquem a decisão de fechar a empresa e defendeu que, com uma gestão eficiente, é possível manter os serviços e preservar os empregos.

Segundo Valdenir, um levantamento com base em documentos públicos aponta que boa parte da dívida da companhia se refere a multas e juros decorrentes de parcelamentos não quitados. Ele afirma que a Coder teria capacidade de arcar com um parcelamento da dívida em até dez anos, com prestação mensal de aproximadamente R$ 1,56 milhão, desde que passe por uma reforma administrativa profunda.

O vereador defende medidas como controle rigoroso de ponto, auditoria de contratos, modernização da estrutura, qualificação dos servidores, implantação de um Plano de Cargos, Carreira e Salário, além da abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para quem desejar deixar o quadro de funcionários. Ele também sugere incentivo à aposentadoria para servidores que já possuem tempo e idade de contribuição.

“Extinguir a empresa é o caminho mais fácil, mas o mais cruel. A cidade precisa de uma solução responsável que preserve os trabalhadores e recupere a confiança da população na administração pública”, concluiu.

FONTE – RESUMO

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