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Empresários da Imagem Eventos são proibidos de atuar com formaturas e abrem empresas em outros estados

Foto: Olhar Direto

Os empresários Márcio Nascimento e Elisa Severino, antigos proprietários da Imagem Eventos e da Graduar Fotografia, estão proibidos de exercer qualquer atividade ligada a formaturas e colações de grau, por decisão da Justiça. A medida foi solicitada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) como parte da Operação Ilusion, que investiga um suposto esquema de fraudes envolvendo festas de formatura. Ambos estão foragidos e com mandados de prisão preventiva decretados.

Segundo o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, a proibição judicial inclui qualquer atuação no setor, seja como empresários, funcionários ou prestadores de serviço autônomos. A decisão visa evitar que novas vítimas sejam prejudicadas.

“Eles estão totalmente proibidos de participar de empresas que trabalhem em eventos de formatura, colação de grau e fotografia”, afirmou Ferreira em coletiva de imprensa nesta terça-feira (20).

As investigações também apontam que o casal abriu novas empresas em estados como Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba e Paraná — algumas também no ramo de eventos. Em um dos casos, uma das sócias teria criado uma loja virtual de roupas fitness. Essas empresas estão sendo alvo de medidas judiciais, incluindo o pedido de suspensão dos registros para impedir a continuidade das atividades.

A Justiça já determinou o bloqueio de R$ 7 milhões em contas bancárias e o sequestro de bens, além da suspensão das atividades econômicas de todas as empresas vinculadas aos investigados. Também foi imposta restrição ao uso de veículos registrados em nome dos envolvidos.

Caso os empresários desrespeitem as determinações judiciais, novos mandados de prisão poderão ser expedidos. As investigações contam com apoio das polícias civis do Paraná e da Paraíba, onde também são cumpridas diligências.

Operação Ilusion

A operação foi desencadeada após o fechamento inesperado da Imagem Eventos e da Graduar Decoração e Fotografia, ocorrido em janeiro deste ano. Ao menos mil formandos de mais de 40 turmas, em sua maioria de cursos de medicina, ficaram sem cerimônia e sem reembolso. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 7 milhões.

De acordo com a polícia, o encerramento das atividades teria sido planejado com antecedência, mesmo com a empresa ciente de que não poderia cumprir os contratos firmados. A investigação aponta que os empresários continuaram firmando novos contratos, promovendo ofertas e ocultando materiais fotográficos de eventos recentes.

Na véspera do fechamento, a dupla teria retirado 23 cartões de memória da sede da empresa contendo registros fotográficos, que, segundo a polícia, poderiam ser usados para arrecadar mais recursos ou dificultar a responsabilização.

FONTE – RESUMO

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