A violência política ultrapassou mais uma fronteira no Brasil. Na manhã de sexta-feira (12), Melina Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, foi alvo de um ataque dentro da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde é professora e diretora da Faculdade de Direito.
De acordo com testemunhas, um homem se aproximou dela no campus, cuspiu em seu rosto e a insultou, chamando-a de “lixo comunista”. O episódio causou indignação entre colegas e estudantes, que viram no ato um reflexo direto do clima de intolerância e ódio que tem se espalhado pelo país.
Melina, que construiu carreira acadêmica respeitada, agora se vê vítima da mesma onda de violência que há anos atinge autoridades, políticos e familiares de figuras públicas. O ataque expõe a escalada de agressividade contra representantes e parentes de membros do Judiciário, transformando universidades, tradicionalmente espaços de diálogo e pensamento livre, em palco de hostilidade.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reagiu de imediato, repudiando com veemência o episódio. Para a entidade, o ato é uma afronta não apenas a Melina, mas ao ambiente democrático e acadêmico, que deve ser pautado pelo respeito às diferenças.
O caso, ainda sem identificação do agressor, levanta preocupação sobre até onde pode chegar o discurso de ódio que hoje ecoa em diversos setores da sociedade.